No decorrer desta semana, o julgamento criminal de Donald Trump foi dominado pelos depoimentos de Michael Cohen, ex-advogado pessoal e faz tudo do ex-presidente, e da atriz de filmes adultos Stormy Daniels, ambos testemunhando em momentos cruciais do processo.
Cohen, que ocupou por mais de nove horas o banco das testemunhas, alegou ter feito um pagamento de 130 mil dólares, a mando de Trump, para silenciar Daniels sobre um suposto encontro sexual com o pré-candidato pelo Partido Republicano à presidência dos EUA em novembro deste ano. Esse pagamento, segundo Cohen, visava beneficiar a campanha presidencial de 2016.
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Os advogados de Trump questionaram a credibilidade de Daniels, tentando expor inconsistências em sua memória de eventos datados de 2006. A defesa retratou Cohen como um mentiroso vingativo, ao passo que este defendeu suas ações como diretamente ordenadas por Trump, visando a ocultação de reembolsos sob o disfarce de despesas legais rotineiras.
Trump, o primeiro presidente dos EUA a enfrentar um processo judicial desse calibre, nega as alegações de relações sexuais com Daniels e qualquer conhecimento dos pagamentos. Acusado de 34 crimes de falsificação de registros empresariais, ele pode enfrentar uma sentença de liberdade condicional a até quatro anos de prisão, se condenado.
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Durante os interrogatórios, a atmosfera tensa foi quebrada quando Daniels, questionada sobre a autenticidade de suas narrativas, afirmou categoricamente que "o sexo nos filmes é muito real", equiparando a sua veracidade à do incidente que relatou com Trump.
Além dos pontos altos dos testemunhos, Madeleine Westerhout, ex-assistente de Trump na Casa Branca, ofereceu uma visão mais favorável do réu, descrevendo-o como um homem de família e mal interpretado pelo público. Westerhout enfatizou a injustiça no tratamento dado a Trump, uma narrativa que ela escolheu destacar tanto em seu depoimento quanto em publicações subsequentes.
Esta semana foi também marcada por estratégias legais intensas e uma troca acalorada de acusações sobre manipulação e lealdade, estabelecendo o tom para as próximas etapas de um dos julgamentos mais acompanhados e polêmicos da história política recente dos Estados Unidos.