ELEIÇÕES NOS EUA

Senado gasta R$ 55 mil para senador bolsonarista acompanhar eleição de Trump nos EUA

Laércio Oliveira (PP-SE) teve passagens aéreas e diárias custeadas com recursos públicos para viajar aos Estados Unidos

Senador Laércio Oliveira.Em discurso, à tribuna, senador Laércio Oliveira (PP-SE). Créditos: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O Senado Federal gastou mais de R$ 55 mil para bancar a ida do senador Laércio Oliveira (PP-SE) aos Estados Unidos para acompanhar a eleição presidencial que resultou na vitória do extremista Donald Trump

Os dados constam no Portal da Transparência. Somente de passagens aéreas de ida e volta foram gastos R$ 34.476,48. Laércio viajou de classe executiva e desembarcou em Nova York no dia 1° de novembro. Soma-se a esse valor o preço do seguro viagem, de R$ 389,38, mais as diárias que totalizam R$ 20.662,20. O retorno de Laércio está previsto para o dia 11 de outubro.

A justificativa oficial para a viagem foi o acompanhamento das eleições presidenciais estadunidenses pelo Programa de Eleições nos Estados Unidos (USEP). O requerimento diz que o senador ficará em viagem entre os dias 3 e 6 de novembro.

Após a vitória de Trump nesta quarta-feira (6), Laércio publicou no Instagram uma mensagem parabenizando o candidato eleito. “Que seu mandato seja justo, pacífico e aberto ao diálogo. Brasil e EUA têm relações muito próximas e amistosas. Que nossa parceria se fortaleça a cada dia”, disse.

Além de Láercio, outros sete parlamentares também viajaram aos Estados Unidos para acompanhar as eleições, mas não utilizaram recursos públicos. São eles: Carlos Portinho (RJ), líder do Partido Liberal (PL) no Senado, Rodrigo Valadares (União-SE), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Maya Pinheiro (PL-CE). O deputado federal José Airton Cirilo (PT-CE) também viajou aos EUA, mas a convite do partido de Kamala Harris.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também planejava viajar aos EUA para acompanhar as eleições de seu aliado, mas está impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reteve seu passaporte em uma investigação sobre envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

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