Em uma postagem de Rosh Hashanah em sua rede social, o Truth Social, o ex-presidente dos EUA Donald Trump afirmou que "judeus liberais" ou "judeus de esquerda" votam pela destruição dos Estados Unidos e pela destruição do estado de Israel, fala considerada antissemita por diversas organizações judaicas dos EUA.
“Apenas um rápido lembrete para os judeus liberais que votaram pela destruição da América e de Israel porque vocês acreditavam em narrativas falsas!”, dizia a postagem, que veio no fim de semana de Rosh Hashanah, o Ano Novo Judaico.
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Vale ressaltar que "liberal" nos EUA tem um sentido mais próximo do partido Democrata ou de esquerda, diferente da noção clássica de liberalismo econômico.
Jonathan Greenblatt, presidente da Liga Anti-Difamação, principal organização que luta contra o antissemitismo nos EUA, criticou as falas de Trump, as qualificando como "insultuoso" e "nojento".
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"Não precisamos que o ex-presidente, que bajula extremistas e anti-semitas, nos dê sermões sobre a relação EUA-Israel. Não se trata de uma troca de favores; baseia-se em valores partilhados e interesses de segurança. Esta 'reclamação dos judeus' é insultuosa e nojento", disse Greenblatt.
O editor-chefe do Jerusalem Post, Yaakov Katz, tuitou: “Nada para ver aqui. Apenas um ex-presidente dos EUA usando linguagem ameaçadora sobre os judeus americanos num momento em que o anti-semitismo está em ascensão global."
Antissemitismo de Trump
Essa não é a primeira declaração antissemita do ex-presidente de extrema-direita. “O povo judeu nos Estados Unidos ou não gosta de Israel ou não se importa com Israel”, Trump havia dito ainda em 2021. “Vou lhe dizer, os cristãos evangélicos amam Israel mais do que os judeus neste país”.
Entre sua base de apoio, Trump conta com diversos extremistas de direita, supremacistas brancos e neonazistas, como os Proud Boys.