O robô humanoide AI Strategist foi o grande vencedor da primeira competição mundial de lutas entre robôs realizada na cidade de Hangzhou, no leste da China. O evento, promovido pelo Grupo de Mídia da China (CMG, da sigla em inglês), faz parte da Série Mundial de Competições de Robôs, uma iniciativa inovadora que une entretenimento, ciência e estratégia tecnológica.
Realizado no último domingo (25), o Mech Combat Arena trouxe combates em três rounds de dois minutos cada, com as seguintes regras: golpes com os braços rendem 1 ponto; chutes, 3 pontos; acertos na cabeça ou no torso são válidos; quedas provocam penalidades de até 10 pontos.
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No primeiro duelo, o AI Strategist, operado por Lu Xin, enfrentou o ágil Silk Artisan, controlado por Jiao Tianqi. Após rounds equilibrados, o AI Strategist garantiu a vitória com um golpe decisivo de joelho. Na sequência, Energy Guardian superou Armored Mulan após uma queda acidental da oponente no terceiro round. Na final, AI Strategist dominou todos os rounds e saiu campeão da competição.
O torneio foi transmitido ao vivo, com comentários técnicos que explicavam os mecanismos de controle de movimento, decisão em tempo real e performance dos robôs. Segundo os organizadores, a competição atraiu a atenção de centros de pesquisa, entusiastas de tecnologia e empresas do setor de automação.
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Robôs lutadores, futebolistas e muito mais
O combate entre humanoides é apenas uma das atrações da Série Mundial de Competições de Robôs da CMG. Criada para divulgar os avanços da China em inteligência artificial e robótica, a iniciativa também prevê partidas de futebol e basquete entre robôs, sempre com transmissão ao vivo pela CCTV e plataformas digitais chinesas.
O objetivo da série é tornar a tecnologia mais acessível e inspirar jovens talentos, ao mesmo tempo em que promove a integração entre ciência, cultura e turismo. As arenas de competição também se tornaram espaços de divulgação científica para o público.
China e o protagonismo na robótica global
A realização desse evento confirma o protagonismo crescente da China na corrida tecnológica global. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o país já responde por cerca de 13% das exportações mundiais de bens de alta tecnologia, incluindo equipamentos robóticos.
Nos últimos anos, Pequim tem impulsionado uma agenda nacional de inovação tecnológica com políticas públicas voltadas à pesquisa em IA, automação e manufatura avançada. O plano "Made in China 2025", por exemplo, estabelece metas ambiciosas para a liderança chinesa em setores estratégicos, com destaque para a robótica.
Educação, entretenimento e geopolítica tecnológica
Ao transformar robôs em protagonistas de competições esportivas, a China combina educação tecnológica com entretenimento de massa. Mas há também uma mensagem geopolítica implícita: mostrar ao mundo a capacidade do país de liderar a próxima geração de inovação.
Para especialistas, iniciativas como a Série Mundial de Competições de Robôs ajudam a desmistificar a robótica, inspirar novas gerações e reforçar a imagem da China como centro global de ciência aplicada.
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Com informações da CGTN