CHINA EM FOCO

Imprensa ocidental tenta depreciar economia chinesa nas prévias da Terceira Plenária

País que cresce a 5%, na meta estabelecida, entra em crise nas manchetes

Shagnghai é um dos símbolos do crescimento chinêsCréditos: Xinhua/Fang Zhe
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Nesta semana, foi revelado que a economia chinesa cresceu 4,7% no segundo trimestre. O número ficou um pouco abaixo da meta de 5% estabelecida pelo país como objetivo para este ano.

Embora abaixo das expectativas, a imprensa ocidental tem retratado de maneira mais negativa, sugerindo que a China parou de crescer ou cresceu muito menos do que o esperado.

Manchetes como "PIB abaixo do esperado pressiona reunião econômica na China" (Folha), "Terceira plenária começa na China com PIB decepcionante; entenda os principais pontos do encontro" (Valor) e "Sob pressão de investidores estrangeiros, o encontro debaterá desafios econômicos" (MSN) ilustram essa perspectiva.

Nos EUA, "A crise económica da China veio para ficar" (Time) e "Partido Comunista da China se reúne para definir direção para economia conturbada" (CNN) mostram que se trata de uma tendência ocidental.

Apesar do crescimento de 0,3% abaixo da meta no segundo trimestre, é importante lembrar que no primeiro trimestre o crescimento foi de 5,3%, superando a meta.

Na prática, o crescimento anual de 5% segue dentro da meta estabelecida pelo governo Xi Jinping ao olhar para os dados semestrais.

Os executivos do Partido Comunista Chinês (PCCh) irão discutir o resultado e propor reformas contínuas para garantir a evolução do socialismo chinês durante a Terceira Plenária do 20º Congresso do Partido.

Segundo o Global Times, a reunião de portas fechadas irá abordar "desafios institucionais e questões estruturais" e continuar promovendo o desenvolvimento do país. 

De acordo com o periódico, "a China continuará a aprofundar inabalavelmente a reforma e a expandir a abertura, o que ajudará a garantir o desenvolvimento de alta qualidade".

A ideia é dar novos passos para modernizar a economia, reduzir desigualdades, expandir a produtividade e melhorar a renda do mercado interno, considerada a principal força motriz para o crescimento do PIB do país nos próximos anos.

Existem problemas? Claro que existem. E eles são reconhecidos pela política chinesa. Mas pintar a ideia de crise por uma flutuação sazonal de 0,3 de um PIB que cresce a 5% ao ano é um exagero por parte da imprensa brasileira e estadunidense.