A China repudia o ataque aéreo israelense a tendas que abrigavam pessoas deslocadas em Rafah, em Gaza, que matou mais de 40 palestinos, incluindo muitas crianças.
Em coletiva regular de imprensa nesta terça-feira (28), a porta-voz Mao Ning, do Ministério das Relações Exteriores da China, comentou que a China está gravemente preocupada com a operação militar das Forças de Defesa de Israel (IDF, da sigla em inglês) em Rafah.
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"Observamos que o Tribunal Internacional de Justiça da ONU emitiu pela terceira vez uma ordem de medidas provisórias sobre o conflito palestino-israelense e, pela primeira vez, pediu explicitamente a cessação da ofensiva militar na região relevante. Isso reflete o consenso mundial e um forte apelo por um cessar-fogo urgente, proteção dos civis e diminuição da crise humanitária. As medidas provisórias relevantes devem ser efetivamente implementadas o mais rápido possível", afirmou Mao.
A porta-voz reiterou a posição da China sobre o conflito palestino-israelense como consistente e clara.
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"Somos contra qualquer ação que viole o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional. Pedimos a todas as partes que protejam os civis e as instalações civis, e instamos fortemente Israel a atender ao apelo da comunidade internacional e parar a ofensiva em Rafah. O mundo precisa trabalhar junto para diminuir e encerrar a crise humanitária em Gaza", finalizou.
China alinhada ao mundo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, publicou uma nota afirmando que "condena as ações de Israel que mataram dezenas de civil que buscavam simplesmente um abrigo para escapar deste conflito mortal".
O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para avaliar a situação. Ainda não se sabe se os EUA, que tem poder de veto às decisões do colegiado, apoiariam uma força de intervenção para impedir a continuidade do genocídio em Gaza.
O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, subiu o tom nesta segunda-feira (27) contra o Estado de Israel após o ataque deflagrado pelas forças militares sionistas contra um campo de refugiados em Rafah, no Sul de Gaza, que assassinou ao menos 45 civis palestinos. Ele afirmou que o novo ataque atroz de Israel contra civis deixa claro que o governo de Benjamin Netanyahu comete "crimes de guerra".