A China defende o multilateralismo e o apoio à Organização das Nações Unidas (ONU), além de pautas relacionadas ao desenvolvimento, como prioridades para a agenda global.
A declaração foi feita pelo vice-ministro das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, durante a reunião de chanceleres de países que integram o Grupo dos Vinte (G20) e convidados, que foi realizada nos dias 21 e 22 na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
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Ma fez um apelo ao G20 para colocar as questões de desenvolvimento em alta prioridade na agenda. Ele também instou o grupo a permanecer fiel à sua missão original de promover a cooperação econômica internacional, melhorar o mecanismo de cooperação de política macroeconômica e cooperar para impulsionar a reforma da governança econômica global.
"Para enfrentar os desafios globais, o G20 deve aderir ao verdadeiro multilateralismo e apoiar as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança para desempenhar um papel chave", afirmou.
Ma apontou que a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável é uma orientação fundamental para a China ao lidar com questões internacionais críticas.
Ele também falou sobre a gravidade da situação atual em Gaza e que a paz e estabilidade regionais sofreram um impacto sério. O diplomata chinês disse que o Conselho de Segurança da ONU deve cumprir suas responsabilidades sob a Carta da ONU e tomar ações o mais rápido possível para promover um cessar-fogo e acabar com os combates, e para aliviar a crise humanitária.
"A China pede a convocação de uma conferência internacional de paz maior, mais autoritária e mais efetiva para fazer esforços para realizar a paz e estabilidade de longo prazo no Oriente Médio", enfatizou Ma.
Durante a reunião, Ma também elaborou a posição da China sobre a situação no Mar Vermelho e a crise na Ucrânia.
G20 no Brasil
O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional. Desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais.
O G20 conta com presidências rotativas anuais. O Brasil exerce a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Inicialmente, o G20 concentrava-se principalmente em questões macroeconômicas gerais, mas expandiu sua agenda para incluir temas como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.
O G20 é composto por 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
A Cúpula do G20 é a reunião entre os chefes de Estado ou de Governo dos países membros. Representa a conclusão dos trabalhos conduzidos pelo país que ocupa a presidência rotativa do grupo. É o momento em que chefes de Estado e de Governo aprovam os acordos negociados ao longo do ano, e apontam caminhos para lidar com os desafios globais.
No Brasil, a Cúpula de Líderes do G20 está agendada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, com a presença das lideranças dos 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia.
Confira a lista completa dos presentes ao G20 no Rio aqui.