A partir desta terça-feira (5), a capital financeira da China, Xangai, recebe a sétima edição da primeira exposição nacional do mundo dedicada a importações, a Exposição Internacional de Importação da China (China International Import Expo, CIIE, da sigla em inglês).
A feira é um exemplo da contínua abertura da China e uma oportunidade essencial para empresas estrangeiras acessarem o mercado chinês. Mesmo com desafios e incertezas na economia global, a CIIE cresceu de forma constante ao longo dos últimos sete anos.
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As seis primeiras edições da CIIE geraram um valor total de transações intencionadas que ultrapassa 420 bilhões de dólares. Além disso, mais de 1.130 empresas estrangeiras e organizações de promoção de investimentos estabeleceram conexões em todo o país.
Este ano, a exposição será realizada no Centro Nacional de Exposições e Convenções (Xangai), com uma área de mais de 360 mil metros quadrados — equivalente a 50 campos de futebol — e contará com a presença de 3.496 expositores de 129 países e regiões.
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O número de países participantes e expositores ultrapassou todos os recordes anteriores. Entre eles, 297 são expositores da lista Global Fortune 500 e líderes da indústria, estabelecendo uma presença histórica. Destes, 186 empresas e instituições participaram de todas as sete edições da feira.
O evento deste ano também atrai grande atenção da mídia global, com mais de 400 veículos de comunicação, incluindo 220 internacionais, cobrindo a exposição.
Porta de entrada de ouro na China
O vasto mercado chinês se consolidou como um dos destinos mais atraentes para empresas globais, e a CIIE se destaca como uma "porta de entrada de ouro" para essa oportunidade.
Após anos de desenvolvimento, a CIIE se consolidou como um símbolo do novo padrão de desenvolvimento da China, uma plataforma de abertura em alto nível e um bem público internacional compartilhado pelo mundo.
Durante a Terceira Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) reafirmou o compromisso do país com a política de abertura e promoção da reforma. Em uma medida importante, a potência asiática removeu todas as restrições de acesso ao mercado para investidores estrangeiros no setor manufatureiro em 1º de novembro, ampliando ainda mais sua abertura.
"Ao refletir sobre as seis edições anteriores da CIIE, a 'abertura em alto nível' tem sido uma constante. A exposição mostra uma 'China aberta' que compartilha oportunidades e o futuro com o mundo", destacou Wu Zhengping, vice-diretor geral do Bureau da CIIE.
Ampliação da reforma e abertura
A sétima edição da CIIE ocorre após a entrada em vigor, na última sexta-feira (1º), da versão 2024 da "Lista Negativa para o Acesso de Investimento Estrangeiro" do governo chinês. A nova versão da relação reduziu o número de setores com restrições de 31 para 29, removendo completamente as barreiras no segmento manufatureiro.
Essa iniciativa foi anunciada em setembro deste ano e visa atrair mais capital estrangeiro, promover a modernização industrial e fortalecer a integração da China na economia global. Além disso, a medida busca melhorar o ambiente de negócios e demonstrar o compromisso contínuo do país com a abertura econômica.
"Menina dos olhos" de Xi Jinping
A CIIE é a "menina dos olhos" do presidente da China, Xi Jinping. Em 2017, durante o Fórum de Cooperação Internacional do Cinturão e Rota, ele anunciou a criação da feira e destacou a importância de uma maior abertura do mercado chinês ao mundo.
Desde então, Xi tem participado ativamente das edições anuais do evento com discursos que enfatizam a necessidade de cooperação internacional e desenvolvimento compartilhado.
Por exemplo, na abertura da quarta edição da CIIE em 2021, Xi afirmou: "Devemos nos comprometer com a abertura para enfrentar os desafios do desenvolvimento, fomentar sinergia para a cooperação, construir o impulso da inovação e proporcionar benefícios a todos."
Em 2023, o presidente chinês enviou uma carta à sexta edição da CIIE na qual reiterou o compromisso da China com uma abertura de alto nível e expressando esperança de que a exposição continue a servir como uma janela para o novo paradigma de desenvolvimento do país.