"A China trabalhará com todos os países e todas as partes para compartilhar as oportunidades de uma cooperação internacional aprofundada." A frase é do presidente da República Popular da China, Xi Jinping, proferida durante o discurso de abertura da quinta edição da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) e do III Fórum Internacional Econômico de Hongqiao nesta sexta-feira (4).
Xi discursou via vídeo na cerimônia de abertura do evento que começa oficialmente neste sábado (5) e vai até o dia 10 de novembro no centro econômico da China, Xangai. O presidente da potência asiática, ressaltou que a China se esforçará ativamente para aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica e ao Acordo de Parceria para a Economia Digital para expandir a rede global de áreas de livre comércio de alto padrão..
"Vamos nos engajar profundamente nas negociações de reforma da OMC [Organização Mundial do Comércio], promover a liberalização e facilitação do comércio e do investimento e melhorar a coordenação das políticas macroeconômicas internacionais, com o objetivo de promover conjuntamente novos motores para o crescimento global."
Presidente da República Popular da China, Xi Jinping
A China também apoiará firmemente outros países em desenvolvimento e os ajudará a crescer mais rapidamente, além de promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, acrescentou Xi.
A exposição é a primeira de grande porte e internacional desde o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), realizado entre os dias 16 e 22 de outubro. A CIIE demonstra mais uma vez que o país asiático está comprometido com a política nacional fundamental de abertura ao mundo exterior e busca uma estratégia de abertura.
Dados oficiais mostram que um total de 145 países, regiões e organizações internacionais participam da exposição deste ano. O vice-diretor do CIIE Bureau, Sun Chenghai, disse em entrevista coletiva na terça-feira (1o) que 284 empresas líderes do setor, incluindo algumas das 500 maiores empresas do mundo, participarão da próxima exposição.
Dados do Ministério do Comércio mostram que, de 2018 a 2021, os expositores das quatro edições anteriores da CIIE lançaram mais de 1.500 novos produtos, tecnologias e serviços, com um faturamento total previsto superior a 270 bilhões de dólares.
Confira o discurso de Xi Jinping na íntegra aqui.
Congresso Nacional do PCCh equilibra a continuidade da política e a mudança
Está em curso um novo e potente plano para o desenvolvimento da China nos próximos cinco anos que equilibra a continuidade e a mudança de políticas e é propício tanto interna quanto externamente. O caminho da potência asiática para a nova era foi divulgado durante o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), realizado entre os dias 16 e 22 de outubro, em Pequim.
O informe político apresentado pelo presidente Xi Jinping durante o principal evento político do calendário chinês destacou o avanço do rejuvenescimento da nação chinesa em todas as frentes por meio de um caminho chinês para a modernização. Esse foi o cerne da conclusão do professor da Escola do Partido do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Cao Li, durante uma conversa com jornalistas estrangeiros realizada na terça-feira (1o) organizada pela Associação de Diplomacia Pública da China .
"Mais de 1,4 bilhão de pessoas estão se mudando para uma sociedade moderna. É uma tarefa que nenhum país que alcançou a modernização já enfrentou. Podemos imaginar o quão desafiador é", disse Cao.
O professor observou que as tarefas mais desafiadoras e árduas na construção de uma China socialista moderna em todos os aspectos permanecem nas áreas rurais. Na avaliação dele, o relatório aponta que a China avançará na revitalização rural em geral e avançará mais rapidamente para aumentar sua força na agricultura, que é altamente relevante e encorajador.
Esta é a mais recente meta de desenvolvimento rural estabelecida pela China depois de vencer a maior batalha contra a pobreza da história da humanidade.
Já o também professor da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh, Fan Jishe, comentou estar impressionado com a avaliação do relatório sobre o ambiente externo da China de que o mundo está entrando em um novo período de turbulência e mudança.
"Mas a China sempre esteve comprometida com seus objetivos de política externa de manter a paz mundial e promover o desenvolvimento comum, e construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade", disse Fan.
"Enquanto encontra mudanças no mundo exterior, a China quer ser um país responsável, um jogador previsível e uma força estabilizadora", finalizou.
Fórum destaca vantagens de Hong Kong como centro financeiro internacional
A Cúpula de Investimentos dos Líderes Financeiros Globais encerrou nesta sexta-feira (4) em Hong Kong depois de três dias de atividades. A cúpula de três dias recebeu mais de 200 líderes internacionais e regionais de cerca de 120 instituições financeiras globais, entre bancos, corretoras de valores, gestores de ativos, empresas de private equity e venture capital, fundos de hedge e seguradoras. Mais de 40 dessas instituições foram representadas por presidentes de grupo ou diretores executivos.
O evento teve início na quarta-feira (2) e foi organizado pela Autoridade Monetária da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e contou com a participação de altos funcionários de Hong Kong, reguladores da China continental e pesos pesados financeiros internacionais.
O chefe do executivo de RAEHK, John Lee, discursou na abertura do evento. Em sua fala ele afirmou que a convergência única torna Hong Kong uma importante conexão entre o continente e o resto do mundo.
"Hong Kong tem talento, infraestrutura e know-how para ajudar empresas e capital do continente a irem para o exterior, ao mesmo tempo em que atrai empresas e capital internacional para a região. "A oportunidade e o momento estão aqui, agora, em Hong Kong."
John Lee, chefe do executivo de Hong Kong
De acordo com Lee, o setor de seguros de Hong Kong ficou em primeiro lugar na Ásia e em segundo no mundo no ano passado, com ativos sob gestão de mais de US$ 4,5 trilhões. Dois terços desse financiamento foram provenientes de investidores de fora de Hong Kong.
A região também é um importante centro de títulos no continente asiático. Lee disse que nos últimos seis anos consecutivos, Hong Kong tem sido o maior centro do mundo para organizar a emissão de títulos internacionais asiáticos.
O presidente do Banco Central da China, Yi Gang, ressaltou durante participação feita por meio de vídeo que Hong Kong é e continuará sendo um importante centro financeiro internacional que conecta o continente e os mercados internacionais.
"Nos últimos anos, a economia e o sistema financeiro de Hong Kong mostraram notável resiliência apesar das interrupções. Hong Kong tem um grande potencial para aprofundar as conexões com o mercado financeiro continental, financiar e investir sob a Iniciativa do Cinturão e Rota e finanças verdes", destacou Yi.
Para China, operações de paz da ONU devem ajudar a criar espaço para construção de resiliência nos países anfitriões
O vice-representante permanente da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Geng Shuang, afirmou, na quinta-feira (3), que as operações de paz da ONU devem ajudar a criar um espaço pacífico para a construção de resiliência nos países em questão.
"Devemos nos concentrar no mandato central das operações de manutenção da paz - resolver questões de pontos críticos - para criar um espaço pacífico para a construção de resiliência nos países em questão", afirmou Geng.
Durante um debate aberto no Conselho de Segurança da ONU sobre a integração efetiva da construção de resiliência em operações de paz para paz sustentável, o diplomata chinês, afirmou que resolver conflitos e alcançar a paz deve ser o mandato principal e mais fundamental.
"As operações de manutenção da paz devem fortalecer os bons ofícios e a mediação, cooperar ativamente com as Nações Unidas e outras organizações regionais e pressionar ativamente pela resolução política de questões críticas", defendeu.
Essas atividades devem ainda apoiar os países envolvidos nos esforços de desarmamento, desmobilização e reintegração e para promover a reconciliação social e a tolerância para consolidar as bases para uma paz sustentada, elencou.
Além de fornecer treinamento e suporte técnico à polícia e outras agências de aplicação da lei para melhorar continuamente a capacidade de proteger os cidadãos e manter a lei e a ordem, citou Geng. Ele reforçou ainda a necessidade de integrar os esforços de construção da paz e fazer contribuições positivas para o desenvolvimento dos países envolvidos.
Países da África
"O desenvolvimento é a pedra angular da paz e da segurança. A comunidade internacional deve ajudar os países africanos em seus esforços para desenvolver suas economias e melhorar a vida das pessoas, de modo a construir uma base sólida para a paz", instou.
Algumas missões de manutenção da paz têm, no âmbito dos seus mandatos e no quadro da consolidação da paz, prestado assistência aos países envolvidos no domínio do desenvolvimento, acumulando um conjunto de experiências bem sucedidas. As Nações Unidas devem aproveitar essas experiências e, à luz das circunstâncias específicas de cada missão, estender as boas práticas de maneira positiva e prudente, comentou.
Além disso, as operações de manutenção da paz também devem dar prioridade ao recrutamento local e à aquisição de suprimentos de origem local, a fim de ajudar a melhorar o emprego local e aumentar as receitas locais, citou. Também é necessário fortalecer a coordenação entre as agências da ONU e fornecer assistência personalizada aos países envolvidos em resposta aos desafios, disse.
A China é um participante ativo e um importante contribuinte para as operações de manutenção da paz da ONU. Atualmente, cerca de dois mil soldados chineses de manutenção da paz estão em serviço na África, servindo com firme determinação e dedicação diligente para manter a paz e a segurança e promover o desenvolvimento e o progresso na África, pontuou.
"A China é um forte defensor e um praticante ativo da cooperação com a África. A China forneceu assistência militar à União Africana e aos países africanos relevantes para aumentar a capacidade da África de combater o terrorismo e manter a estabilidade, para alcançar o objetivo de silenciar as armas na África o mais rápido possível."
Vice-representante permanente da China na ONU, Geng Shuang
A China também tem trabalhado com países africanos para implementar projetos da Cinturão e Rota com produtos de alta qualidade. Por meio do Fundo de Paz e Desenvolvimento China-ONU, a China está implementando uma grande variedade de projetos na África, contribuindo positivamente para eliminar as causas profundas do conflito, aumentar a resiliência dos países envolvidos e alcançar uma paz duradoura, disse ele.
Com informações da Xinhua e da CGTN