CHINA EM FOCO

China rebate previsões de que seu modelo de crescimento está esgotado

Em mais um capítulo da campanha difamatória orquestrada pelo Ocidente, segunda maior economia do mundo prova em números e medidas que continua firme no jogo ao apostar em desenvolvimento de alta qualidade

Créditos: Fotomontagem (Xinhua) - China aposta em desenvolvimento de alta qualidade e jamais viveu "tempo lixo da história"
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Uma nova onda ataques da mídia hegemônica ocidental contra a China recorre a uma expressão esportiva para alardear que a potência asiática está acabada: "garbage time" (momento lixo, em tradução livre).

Essa expressão foi emprestada do mundo esportivo e é utilizada especialmente no basquete, para se referir ao momento final de um jogo em que a vitória de uma equipe já é praticamente garantida, tornando qualquer esforço da equipe adversária inútil. O termo pode ser usado de forma metafórica para descrever situações em que o resultado ou o desfecho de algo já parece inevitável.

A sugestão de que o modelo de crescimento da China estaria esgotado distorce o desenvolvimento chinês ao ignorar novas fontes de crescimento, como tecnologia e inovação. O conceito interpreta mal o desenvolvimento do país asiático ao se basear na suposição falha de que é uma competição de soma zero com outras nações.

Além disso, essa expressão cheia de preconceitos soma-se a outras como "excesso de capacidade nos mercados globais" que, longe de serem fundamentadas em previsões reais, são exageros baseados em críticas deliberadas contra a segunda maior economia do mundo. É o que provam os números e medidas. 

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Entre as reportagens ocidentais que usam a expressão esportiva para descrever a economia da China como entrando no "garbage time da história" está uma do jornal estadunidense The New York Times do dia 13 de setembro.

A matéria intitulada Dejected Social Media Users Call ‘Garbage Time’ Over China’s Ailing Economy (Usuários desanimados das redes sociais estão chamando a economia debilitada da China de "garbage time", em tradução livre) reporta que usuários de redes sociais na China estão usando o termo "garbage time" para descrever a economia enfraquecida do país.

Modelo próprio de desenvolvimento

A estratégia de desenvolvimento da China é autodirigida, foca em autoaperfeiçoamento em vez de minar os outros. Essa abordagem contrasta fortemente com o modelo ocidental, frequentemente caracterizado por expansão, supressão e uma busca incansável por dominância.

O povo chinês sempre seguiu seu próprio caminho em direção ao rejuvenescimento e modernização nacional, uma jornada semelhante a uma maratona, que exige resiliência, perseverança e esforço contínuo.

Em nenhum momento de seu desenvolvimento a China passou por um "momento de lixo" — nem durante os estágios iniciais da reforma econômica no final da década de 1970, nem durante a pandemia da Covid-19, quando a economia global estava paralisada, e certamente não agora, enquanto o mundo luta contra a fragmentação comercial, o protecionismo e os conflitos geopolíticos.

A China continua sua transição para um modelo de desenvolvimento de alta qualidade, impulsionada por avanços em inteligência artificial, energia renovável e robótica. Relatórios indicam que o índice nacional de inovação da China subiu para 10º lugar globalmente em 2023. Além disso, o país lidera a instalação de robôs industriais, o que destaca seu papel de vanguarda na transformação digital.

Apesar de previsões pessimistas encampadas pela mídia hegemônica ocidental, a economia chinesa continua a superar expectativas, e novas reformas estão sendo implementadas para sustentar o crescimento. Críticas ao modelo chinês, que o associam ao fracasso, ignoram o sucesso contínuo do país em várias frentes, como no combate à pobreza e no fortalecimento de sua posição em tecnologias verdes.

Desenvolvimento de alta qualidade

As alegações de "tempo de lixo" obscurecem a compreensão do público sobre a trajetória econômica da China e deixam de reconhecer a qualidade e o ímpeto melhorados em seus setores emergentes.

Embora a China possa não mais atingir o crescimento de dois dígitos do PIB das décadas anteriores, isso não sinaliza o fim de seu desenvolvimento econômico. Em vez disso, o país está em transição para um modelo de crescimento de alta qualidade.

A economia do país asiático não é mais dependente apenas de fatores tradicionais como mão de obra, investimento e terra e agora é cada vez mais impulsionada por avanços tecnológicos como tecnologia da informação, inteligência artificial, novas energias, indústria aeroespacial e biotecnologia.

Um relatório da Academia Chinesa de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento revela que o índice nacional de inovação da China subiu para o 10º lugar no mundo em 2023, subindo três posições em relação ao ano anterior, tornando-se o único país em desenvolvimento a entrar no top 15.

Desde o ano passado, a China alcançou uma série de marcos tecnológicos, incluindo o primeiro voo comercial da grande aeronave doméstica C919 e a conclusão da primeira turbina eólica offshore de 16 megawatts do mundo.

Os dados econômicos da China para o primeiro semestre de 2024 ressaltam a força de seus novos motores de crescimento. A produção de robôs de serviço e veículos de nova energia aumentou em 22,8% e 34,3%, respectivamente, enquanto o investimento em manufatura de alta tecnologia cresceu em 10,1%, superando significativamente o crescimento de 3,9% do investimento em ativos fixos.

Modelo além do capitalismo

O argumento de que sistemas não capitalistas estão fadados ao fracasso, como sugerido pela narrativa do "tempo do lixo", é um ponto de vista ocidentalizado que ignora a diversidade de sistemas econômicos que podem prosperar e prosperam.

O histórico de desenvolvimento econômico sustentado da China provou que os formuladores de políticas chinesas nunca se rendem às adversidades. Eles abordam os desafios de forma proativa e encontram consistentemente soluções para superar obstáculos.

Nas últimas décadas, a China tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza, um feito sem paralelo na história da humanidade. Outro exemplo notável é o comprometimento da China com a ação climática.

Ao contrário das preocupações de que isso prejudicaria a resposta climática global, o país emergiu como um líder industrial em energia solar e eólica e tecnologia de baterias, estabelecendo-se como uma potência na transição energética global.

A mudança digital no setor manufatureiro da China reflete a abordagem proativa do governo chinês na formulação de políticas e na promoção de atualizações industriais. Existem agora mais de 1,5 milhão de robôs em uso em fábricas chinesas, o dobro do número na Europa.

Em 2023, a China foi responsável por mais da metade de todos os novos robôs industriais instalados no mundo, de acordo com a Federação Internacional de Robótica.

Ao longo de quatro décadas de reforma e abertura, apesar de um fluxo constante de previsões terríveis, a economia da China desafiou repetidamente as probabilidades e superou as expectativas, provando que os pessimistas estavam errados repetidamente.

Portanto, é apenas adequado e apropriado ver o período atual como uma transição crítica. O governo chinês está ciente da necessidade de reforma e ajuste, e medidas já estão sendo implementadas para impulsionar o crescimento e abordar problemas.

As 300 medidas de reforma recentemente anunciadas pelo país, abrangendo áreas como inovação, abertura de mercado, reforma fiscal, mercados de capitais e serviços públicos, demonstram claramente um sistema resiliente, não um sistema à beira do colapso.

Após o fim da Guerra Fria, o acadêmico estadunidense Francis Fukuyama apresentou a teoria do "fim da história", acreditando que a evolução ideológica da humanidade havia chegado ao fim com o "triunfo" da democracia liberal ocidental.

Mas agora ele deveria admitir que a teoria em si poderia estar enfrentando um fim. Esta poderia ser uma boa lição para aqueles que agora espalham a narrativa do "tempo de lixo da história" sobre a China.

Com informações da Xinhua

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