A cooperação econômica reforçada entre China e União Europeia (UE) pode ser um forte impulso para a nascente e lenta recuperação do bloco. Com uma economia confrontada por diversos desafios e à deriva, a UE depende da capacidade de sair da situação atual, equilibrando a inflação com a recessão em uma recuperação sustentada.
A presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se mostrou otimista sobre o futuro da cooperação econômica bilateral China-UE na sessão plenária do Parlamento Europeu em 18 de abril.
Te podría interesar
"Temos muitos vínculos fortes e a China é um parceiro comercial vital - nosso comércio representa cerca de 2,3 bilhões de euros por dia. A maior parte de nosso comércio de bens e serviços permanece mutuamente benéfico", disse ela.
A UE terá que enfrentar a tarefa simultânea de sustentar o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, preservar a estabilidade financeira.
Te podría interesar
O ajuste da China em suas medidas contra a Covid-19 provocou uma recuperação na demanda externa, o que contribuiu para a recuperação econômica na UE. Há grande potencial na ampliação da cooperação econômica China-Europa.
A produção econômica da UE registrou um crescimento trimestral de 0,3% nos primeiros três meses de 2023, segundo dados preliminares divulgados na última sexta-feira (28) pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da união supranacional.
No primeiro trimestre, o PIB ajustado sazonalmente aumentou 0,1% na zona do euro e 0,3% na UE em relação ao trimestre anterior, segundo dados da Eurostat. Em termos homólogos, o PIB de ambas as zonas cresceu 1,3%.
Fator China
Enquanto a UE se esforça para manter o frágil crescimento econômico, o importante papel da China tornou-se um fator-chave. A economia da potência asiática se recuperou mais rápido do que o esperado e cresceu 4,5% ano a ano no primeiro trimestre.
O presidente da Câmara de Comércio da UE na China, Joerg Wuttke, sugeriu que as empresas europeias deveriam se envolver mais na China.
"Estabelecemos centros de pesquisa e desenvolvimento na China. O país é uma espécie de centro de fitness para empresas. E é por isso que cada mudança (da China) é basicamente muito problemática para nós", afirmou.
Já o presidente da Associação Federal de Desenvolvimento Econômico e Comércio Exterior da Alemanha, Michael Schumann, está convencido de que o mercado chinês ainda é interessante para as empresas alemãs e significa mais oportunidades para elas, apesar dos desafios da cadeia de suprimentos trazidos pela pandemia da Covid-19, e que a Alemanha deve manter laços estreitos com a China.
O CEO da Airbus, Guillaume Faury, disse à Xinhua em uma entrevista recente que sempre ficou impressionado com a energia, velocidade, otimismo e capacidade de ir rápido na China.
Faury vê grande potencial no mercado de aviação da China, que representa cerca de 20% do mercado mundial de aviação comercial.
"Nossa própria previsão prevê que, nos próximos 20 anos, o tráfego aéreo na China crescerá cerca de 5,3% ao ano, significativamente mais rápido do que a média mundial estimada de 3,6%", comentou.
Com informações da Xinhua