A Administração Estatal do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) fecha o cerco contra a disseminação de notícias falsas no país. Desde o dia 6 de abril, a partir da medida do órgão, principal regulador da internet na potência asiática, já foram derrubadas 107 mil contas e excluídas 835 mil postagens com fake news. A inspeção de veracidade do conteúdo disseminado pela internet chinesa é feita pelos próprios sites.
A iniciativa ocorre quando a China e os países em todo o mundo lutam contra um ataque de cobertura de notícias falsas online, com muitas leis de implementação para punir os culpados.
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Em comunicado na última segunda-feira (15), a CAC informou que está em curso uma campanha especial para "limpar e padronizar a ordem da comunicação de rede nos principais links de tráfego". O foco da medida são plataformas de vídeo curto e listas de pesquisa populares.
O informe explica como funciona a produção de notícias falsas na China, fenômeno que, segundo a CAC, ocorre de tempos em tempos.
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"Alguns usam métodos como forjar cenas de estúdio de notícias, imitar âncoras profissionais para transmitir e abusar de âncoras virtuais de Inteligência Artificial (IA) para fingir ser uma mídia de notícias autorizada e enganar o público com falsos", diz o comunicado.
O método, de acordo com a CAC, consiste em fabricar notícias falsas relacionadas a temas quentes, como crimes sociais e atualidades internacionais, para despertar as emoções dos internautas, chamar a atenção e atrair tráfego.
Ao longo da campanha foram identificadas contas falsas que emulam endereços verídicos. Como 'People's Daily Net', em alusão ao 'People's Daily Online', principal veículo do Partido Comunista da China (PCCh).
A campanha segue em curso e a CAC instruiu todos os sites e plataformas a tomarem medidas como a emissão de anúncios especiais de campanha, publicidade de contas ilegais e criação de uma área para receber denúncias.