O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta terça-feira (11) para visita de Estado à China, a convite do presidente chinês, Xi Jinping. Antes de embarcar, ele vai fazer um teste de Covid-19. Ao chegar ao destino, fará outro. Além de mais um antes de se reunir com o líder chinês. Assim funciona a política zero-covid chinesa.
"Eles estão corretos. Eles têm um bilhão e 400 mil chineses. Eles têm que cuidar. Como nós temos que cuidar dos nossos', observou o presidente Lula durante solenidade para celebrar os 100 dias de governo, nesta segunda-feira (10), no Palácio do Planalto.
Lula anunciou que vai exigir cartão de vacinação de quem trabalhar ou visitar a sede do executivo.
Agronegócio
Lula também comentou sobre os resultados positivos da viagem do ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, à China. Em tom bem-humorado, o presidente comentou sobre o otimismo do ministro depois de voltar de Pequim.
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"Ele foi para a China agora e acha que vai triplicar a produção agrícola para vender para a China. Em cada lugar que ele passa há nova contratação de frigorífico brasileiro. Ele nem sabe se a gente tem tudo para exportar o que as pessoas querem comprar", brincou o presidente.
Lula se referiu à habilitação de quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China, o que não ocorria desde 2019, além da retomada de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.
Durante a visita de Fávaro, o governo chinês também suspendeu o embargo às importações de carne bovina brasileira, que estavam suspensas desde fevereiro em razão de um caso isolado de 'vaca-louca'. O embargo foi suspenso pela China após 29 dias de negociação, com o cumprimento de todos os protocolos por parte do Brasil.
A delegação do Mapa recebeu uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) que reconhece a qualidade, a segurança e a credibilidade do sistema de defesa brasileiro.
Fávaro também participou da abertura da Cotton Industry Development Conference 2023, promovido pela China National Cotton Exchange em parceria com a Cotton Brazil. A participação do algodão brasileiro no mercado chinês saltou de 5% em 2017 para os atuais 30%.
"De agosto de 2022 a fevereiro deste ano, a marca já é de 35%. Números que podem crescer ainda mais", destacou Fávaro, lembrando que a produção de algodão brasileiro está pronta para atender à expansão da indústria têxtil da China.
Viagem remarcada
O presidente brasileiro adiou a visita oficial à China que estava programada para iniciar no dia 24 de março até se recuperar de uma pneumonia.
Questão de Taiwan: Exército chinês pronto para a esmagar movimento de independência da ilha
"As tropas de comando se prepararão e estarão prontas para a batalha o tempo todo e esmagarão qualquer tipo de secessionista de 'Independência de Taiwan' ou tentativas de interferência externa". Essa declaração foi feita por um oficial do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA, da sigla em inglês), Zhang Benming, nesta segunda-feira (10).
A afirmação resume o estado de espírito do governo chinês com as provocações da líder separatista de Taiwan, Tsai Ing-wen. Na semana passada ela fez uma visita aos EUA, onde se encontrou com autoridades. Entre elas, com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, no dia 5 de abril. O congressista é o sucessor de Nancy Pelosi que visitou Taiwan em agosto passado.
Para a China, os EUA e Tsai estão brincando com fogo na questão de Taiwan ao adotar uma diplomacia de confronto com Pequim.
O Comando do Teatro Oriental do PLA concluiu com êxito nesta segunda-feira (10) todas as tarefas de patrulha de segurança de prontidão de combate ao redor da Ilha de Taiwan e do exercício "Espada Conjunta".
Em comunicado, o porta-voz do comando, Shi Yi, ao anunciar as operações, disse que elas serviram como um severo alerta contra o conluio entre forças separatistas que buscam a "independência de Taiwan" e forças externas e contra suas atividades provocativas.
Shi também informou que as capacidades operacionais conjuntas integradas de diferentes serviços e filiais do PLA em cenários de combate realistas foram amplamente testadas durante os exercícios, que ocorreram de sábado (8) até segunda-feira.
China lidera vendas no varejo online no mundo há 10 anos
Em 2022, as vendas no varejo online da China atingiram 13,8 trilhões de yuans (US$ 2 trilhões), ficando em primeiro lugar no mundo por 10 anos consecutivos. Esse desempenho revela as vantagens de um mercado de grande escala tornaram-se mais proeminentes com os campos de consumo tradicionais e emergentes crescendo simultaneamente.
A China tornou-se o segundo maior mercado de bens de consumo do mundo e se consolidou com um mercado emergente. Em 2022, o total de vendas no varejo de bens de consumo atingiu 44 trilhões de yuans (US$ 6,4 trilhões), com uma taxa média de crescimento anual de 7,9% na última década.
Esses números foram divulgados pelo vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado, He Lifeng, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCCh), durante a cerimônia de abertura da terceira Exposição Internacional de Produtos de Consumo da China, inaugurada em Haikou, província de Hainan, no sul da China, nesta segunda-feira (10).
Em 2022, as importações chinesas de bens de consumo atingiram 1,93 trilhão de yuans (US$ 280,76 bilhões), um aumento de 75,8% em relação a 2017. A China se tornou o mercado de mais rápido crescimento para marcas internacionais nas áreas de automóveis, produtos de beleza, artigos de couro, roupas e joias.
A China compartilha ativamente oportunidades de mercado com outros países e os impactos do consumo chinês na economia mundial estão se tornando cada vez mais evidentes, comentou He.
"No futuro, a China se concentrará em aumentar a oferta de bens e serviços de alta qualidade. Nova demanda pode criar nova oferta e vice-versa. A China se concentrará em qualidade e branding, apoiará as empresas a fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, incentivará novos modos de consumo, reduzirá as barreiras de entrada para o setor de serviços e otimizará a estrutura de fornecimento de bens de consumo", finalizou.
China defende investigação objetiva, imparcial e profissional sobre as explosões do Nord Stream
O governo chinês defende que é de vital importância realizar uma investigação objetiva, imparcial e profissional sobre as explosões do gasoduto Nord Stream. A declaração foi feita nesta segunda-feira (10) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Wang Wenbin.
Wang afirmou que a China apóia uma investigação internacional precoce sobre as explosões e espera que os países relevantes respondam positivamente às dúvidas e preocupações da comunidade internacional e tragam a verdade à tona o mais rápido possível.
Em 26 de setembro de 2022, os oleodutos Nord Stream que conectam Rússia e Alemanha no Mar Báltico explodiram. Na Suécia, o Ministério Público investiga o incidente, que ocorreu nas zonas econômicas da Suécia e da Dinamarca.
A explosão na zona sueca aconteceu a 80 metros de profundidade, e o procurador responsável pontuou que a investigação era complicada. “Nossa esperança é poder confirmar quem cometeu este crime, mas deve-se notar que provavelmente será difícil dadas as circunstâncias”, ressaltou o procurador Mats Ljungqvist em um comunicado.
O comentário de Wang respondeu a relatos de que o promotor público sueco encarregado da investigação em andamento disse que as descobertas atuais mostram que as explosões provavelmente, direta ou indiretamente, envolveram um ator estatal.
"Observamos relatórios relevantes, e isso mostra mais uma vez que as explosões do oleoduto Nord Stream não foram um incidente simples e o que está por trás das explosões pode ser bastante complicado", disse Wang. Ele acrescentou que é de vital importância realizar um objetivo investigação imparcial e profissional das explosões.
O porta-voz comentou ainda que já se passaram mais de meio ano desde as explosões do Nord Stream. Ele disse que descobrir a verdade o mais cedo possível e divulgar os resultados da investigação depende da segurança da infraestrutura transnacional global e do estado de direito e justiça internacional.
Com informações da Xinhua e CGTN