CHINA EM FOCO

Comitiva brasileira do agro encerra visita oficial à China

Agenda liderada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária teve como destaques o fim do embargo à carne brasileira e novas oportunidades de negócios

Créditos: Mapa - Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro
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A comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encerrou nesta quarta-feira (29) sua missão oficial na China, com a participação no “Seminário Econômico Brasil-China” que contou com a presença de autoridades governamentais e empresários dos dois países. Na abertura do evento, o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, comemorou os resultados da visita.

A primeira conquista da viagem, que iniciou no dia 22 de março, foi o anúncio do governo chinês de levantar o embargo às importações de carne bovina brasileira, que estavam suspensas desde fevereiro. O embargo foi suspenso pela China após 29 dias de negociação, com o cumprimento de todos os protocolos por parte do Brasil.

Também foram habilitadas quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China, o que não ocorria desde 2019, além da retomada de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.

Durante a visita na China, a delegação do Mapa recebeu uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) reconhecendo a qualidade, a segurança e a credibilidade do sistema de defesa brasileiro. 

Outra pauta da agenda do Mapa na China foi a sustentabilidade. O Brasil tem grande potencial de crescimento da produção sustentável, mas ainda faltam investimentos nesta área. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está formatando uma linha de crédito com taxas de juros equacionadas para aumentar a produção sustentável no Brasil.

Na terça-feira (23), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura da Cotton Industry Development Conference 2023. O evento foi promovido pela China National Cotton Exchange em parceria com a Cotton Brazil.

Ao mercado chinês, o ministro destacou a excelência do algodão brasileiro, livre de contaminação, com colheita 100% mecanizada, e cada fardo é testado em 11 laboratórios, para garantir características capazes de atender aos diversos segmentos dos mercados mais exigentes.

A participação do algodão brasileiro no mercado chinês saltou de 5% em 2017 para os atuais 30%. De agosto de 2022 a fevereiro deste ano, a marca já é de 35%. Números que podem crescer ainda mais,  destacou Fávaro, lembrando que a produção de algodão brasileiro está pronta para atender à expansão da indústria têxtil da China.

Chineses são os mais felizes do mundo, mostra pesquisa da Ipsos

Global Times

O Relatório Global de Felicidade 2023, divulgado pela empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado Ipsos antes do Dia Internacional da Felicidade em 20 de março, mostrou que os chineses são os mais felizes entre os 32 países e regiões amostrados, com 91% dos entrevistados chineses dizendo que são geralmente feliz, 12% de aumento em relação a uma década atrás.

A publicação anual da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, na qual os países nórdicos geralmente se classificam acima da China, mostrou o continente chinês em 64º lugar entre 137 países e regiões este ano, 30 lugares acima em comparação com 2020.

As pesquisas, com diferentes questionários e métodos de classificação, indicam que as pessoas no continente chinês são geralmente mais felizes e até classificadas como as mais felizes em certos aspectos, descobriram os observadores.

Questão de Taiwan: China continental elenca benefícios da reunificação

CFP

Após uma futura reunificação, Taiwan pode adotar um sistema social diferente da China continental. Essa observação foi feita pela porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian.

Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), ela afirmou que os compatriotas de Taiwan desfrutarão de benefícios reais após a reunificação do país.

"Desde que a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China sejam garantidos, o sistema social de Taiwan e seu modo de vida serão totalmente respeitados, e a propriedade privada, as crenças religiosas e os direitos e interesses legais dos compatriotas de Taiwan serão totalmente protegidos", explicou.

Ela também disse que após a reunificação, o sistema e a instituição para a cooperação econômica através do Estreito serão melhorados, a criatividade cultural da ilha deverá ser mais robusta e o povo de Taiwan terá mais oportunidades de desenvolvimento internacional.

Oposição de visita de líder separatista aos EUA

Xinhua - Zhu Fenglian

Outro tema abordado pela porta-voz foi que a China se opõe firmemente à planejada visita de "trânsito" da líder separatista e integrante do Partido Progressista Democrático (DPP, da sigla em inglês), Tsai Ing-wen, para se encontrar com autoridades nos EUA. 

Zhu fez o comentário em resposta a relatos de que a líder de Taiwan planejou escalas nos EUA e deve se encontrar com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, no final de sua viagem.

"Se Tsai entrar em contato com McCarthy, será outra provocação que viola seriamente o princípio de Uma Só China e prejudica a soberania e a integridade territorial da China, bem como a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", ponderou a porta-voz.

O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou a oposição da China contra qualquer forma de vínculo oficial entre os EUA e Taiwan. A porta-voz Mao Ning enfatizou que a China se opõe fortemente a qualquer visita dos EUA pelo líder das autoridades de Taiwan, independentemente da justificativa ou pretexto.

Ela também instou os EUA a interromper todas as formas de interação oficial com Taiwan, parar de atualizar suas trocas substantivas com a região e parar de obscurecer e esvaziar o princípio de Uma Só China. 

"A China acompanhará de perto os desenvolvimentos do assunto e defenderá resoluta e vigorosamente a soberania nacional e a integridade territorial", finalizou Mao.

CMG inaugura escritório em Tegucigalpa, Honduras

CMG

O Grupo de Mídia da China (CMG, sigla em inglês) inaugurou um escritório em Tegucigalpa, em Honduras. Este foi o primeiro acordo de cooperação assinado na área de imprensa desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o país. Os dois lados vão lançar cooperações em vários aspectos, como instalação de instituições, mecanismo de cooperação, conteúdo do programa, intercâmbio pessoal e cooperação industrial. Esta é a 191ª redação jornalística estabelecida pelo CMG no exterior.

Com informações da Xinhua, CGTN e Global Times