CHINA EM FOCO

China trabalha para o sucesso da 'conferência climática mais difícil' da ONU

Enviado especial chinês para mudança climática, Xie Zhenhua, tem dialogado com todas as partes relevantes para encontrar uma solução aceitável por todos que participam do evento em Dubai

Créditos: CFP - O enviado especial da China para o clima, Xie Zhenhua, em uma coletiva de imprensa na cúpula do clima das Nações Unidas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 9 de dezembro de 2023.
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A China tem dialogado com todas as partes relevantes para encontrar uma solução aceitável por todos e promover o sucesso da COP28, considerada a conferência climática "mais difícil" dos últimos anos. A afirmação foi feita pelo enviado especial do país para mudança climática, Xie Zhenhua.

"Participei de negociações climáticas por 16 anos. A mais difícil é esta conferência", avaliou  Xie em uma coletiva de imprensa realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no último sábado (9).

Ele se referia à 28ª reunião da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP28, que teve início no dia 30 de novembro e será encerrada nesta terça-feira, 12 de dezembro.

Ele informou à imprensa que todos os tópicos foram completamente desdobrados na primeira semana da COP28, com a formação da primeira versão de um documento preliminar. A versão, com um total de 27 páginas, inclui mais de 200 questões que precisam ser resolvidas.

Atualmente, a China está em consultas intensivas com todas as principais partes para encontrar um acordo que esteja em linha com o espírito do Acordo de Paris, reflita a tendência geral da transformação energética e possa apontar a direção correta dos esforços futuros, além de incorporar a maior inclusividade, disse Xie.

"Fizemos progressos positivos. Estamos muito confiantes nisso", observou.

Xie destacou que a maior contribuição do Acordo de Paris é apontar a direção geral da transição global verde e de baixo carbono, além de esclarecer o caminho para a transformação.

Transição energética é um processo doloroso

CFP - Turbinas eólicas em uma montanha na cidade de Ji'an, província de Jiangxi, leste da China, em 12 de setembro de 2023.

No entanto, ele acrescentou, a transição energética pode ser um processo doloroso, pois cada país tem suas próprias condições nacionais, estruturas energéticas e dotações de recursos, e as pessoas precisam ter em mente que a segurança energética, alimentar e econômica é uma pré-condição para uma transição suave.

Xie enfatizou que, no processo de transição energética, os países "devem se entender e se apoiar mutuamente, aprender com os pontos fortes uns dos outros, encontrar a melhor solução para os problemas através do fortalecimento da cooperação internacional."

Sobre as ações da China na implementação dos objetivos do Acordo de Paris, Xie disse que o país alcançará um pico de carbono antes de 2030 e fez grandes contribuições para a transição energética global e o desenvolvimento de fontes de energia renováveis.

Até agora, o custo da geração de energia eólica foi reduzido em 80% e a geração de energia fotovoltaica em 90%, criando uma base muito boa para o grande desdobramento de energia renovável ao redor do mundo, disse ele.

Xie acrescentou que, para ajudar os países em desenvolvimento a melhorar sua capacidade de lidar com as mudanças climáticas, a China realizou várias formas de cooperação, principalmente na forma de cooperação Sul-Sul e no âmbito da cooperação verde da Iniciativa Cinturão e Rota, a Nova Rota da Seda.

No futuro, a China continuará a fortalecer a cooperação Sul-Sul e aprimorar a cooperação financeira e tecnológica com países em desenvolvimento, disse ele.

A China está disposta a trabalhar com todos os países para lutar por um resultado bem-sucedido na conferência climática deste ano, disse Xie, expressando a esperança de que, através de negociações difíceis, os delegados possam encontrar um terreno comum, buscar o maior denominador comum e alcançar sucesso eventualmente.

Com informações da CGTN e Xinhua