A China tem dialogado com todas as partes relevantes para encontrar uma solução aceitável por todos e promover o sucesso da COP28, considerada a conferência climática "mais difícil" dos últimos anos. A afirmação foi feita pelo enviado especial do país para mudança climática, Xie Zhenhua.
"Participei de negociações climáticas por 16 anos. A mais difícil é esta conferência", avaliou Xie em uma coletiva de imprensa realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no último sábado (9).
Ele se referia à 28ª reunião da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP28, que teve início no dia 30 de novembro e será encerrada nesta terça-feira, 12 de dezembro.
Ele informou à imprensa que todos os tópicos foram completamente desdobrados na primeira semana da COP28, com a formação da primeira versão de um documento preliminar. A versão, com um total de 27 páginas, inclui mais de 200 questões que precisam ser resolvidas.
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Atualmente, a China está em consultas intensivas com todas as principais partes para encontrar um acordo que esteja em linha com o espírito do Acordo de Paris, reflita a tendência geral da transformação energética e possa apontar a direção correta dos esforços futuros, além de incorporar a maior inclusividade, disse Xie.
"Fizemos progressos positivos. Estamos muito confiantes nisso", observou.
Xie destacou que a maior contribuição do Acordo de Paris é apontar a direção geral da transição global verde e de baixo carbono, além de esclarecer o caminho para a transformação.
Transição energética é um processo doloroso
No entanto, ele acrescentou, a transição energética pode ser um processo doloroso, pois cada país tem suas próprias condições nacionais, estruturas energéticas e dotações de recursos, e as pessoas precisam ter em mente que a segurança energética, alimentar e econômica é uma pré-condição para uma transição suave.
Xie enfatizou que, no processo de transição energética, os países "devem se entender e se apoiar mutuamente, aprender com os pontos fortes uns dos outros, encontrar a melhor solução para os problemas através do fortalecimento da cooperação internacional."
Sobre as ações da China na implementação dos objetivos do Acordo de Paris, Xie disse que o país alcançará um pico de carbono antes de 2030 e fez grandes contribuições para a transição energética global e o desenvolvimento de fontes de energia renováveis.
Até agora, o custo da geração de energia eólica foi reduzido em 80% e a geração de energia fotovoltaica em 90%, criando uma base muito boa para o grande desdobramento de energia renovável ao redor do mundo, disse ele.
Xie acrescentou que, para ajudar os países em desenvolvimento a melhorar sua capacidade de lidar com as mudanças climáticas, a China realizou várias formas de cooperação, principalmente na forma de cooperação Sul-Sul e no âmbito da cooperação verde da Iniciativa Cinturão e Rota, a Nova Rota da Seda.
No futuro, a China continuará a fortalecer a cooperação Sul-Sul e aprimorar a cooperação financeira e tecnológica com países em desenvolvimento, disse ele.
A China está disposta a trabalhar com todos os países para lutar por um resultado bem-sucedido na conferência climática deste ano, disse Xie, expressando a esperança de que, através de negociações difíceis, os delegados possam encontrar um terreno comum, buscar o maior denominador comum e alcançar sucesso eventualmente.
Com informações da CGTN e Xinhua