Cientistas chineses se unirão a especialistas do Canadá, Coreia do Sul e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU em uma inédita operação de coleta e análise das águas costeiras de Fukushima, marcando um possível alívio nas tensões diplomáticas entre China e Japão.
A confirmação dessa parceria histórica foi anunciada por autoridades japonesas nesta quarta-feira (11). A missão conjunta, agendada para o período entre 15 e 23 de outubro, visa coletar amostras de água, sedimentos e criaturas marinhas da região, bem como analisar os frutos do mar provenientes dos mercados locais.
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O gesto chinês ocorre em meio à condenação por parte do governo chinês em relação ao plano do Japão de liberar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. Como resultado dessa discordância, a China recentemente proibiu a importação de frutos do mar japoneses, alegando preocupações com a contaminação dos produtos. Essa medida já resultou em uma queda de 30% nas vendas japonesas para a China.
As amostras coletadas nos próximos dias serão enviadas aos laboratórios dos países envolvidos na operação, e a AIEA terá a responsabilidade de avaliar e publicar os resultados das análises. As autoridades japonesas esperam que esse processo forneça evidências sobre a segurança da liberação da água e do consumo de produtos da região, o que poderá resultar na revogação da proibição de importação por parte da China. Ademais, essa iniciativa busca prevenir eventuais sanções por parte do governo russo.
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O envolvimento da China nesse esforço conjunto representa um desenvolvimento significativo nas negociações internacionais sobre a questão de Fukushima e oferece uma possível perspectiva de resolução para as divergências entre as nações asiáticas.