Após interceptar a Flotilha da Liberdade em águas internacionais, o que configura mais um crime, o governo sionista de Israel tem usado a tripulação, que expõe o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza, em uma série de publicações fazendo chacota da ação, especialmente da ativista Greta Thunberg, um dos rostos mais conhecidos da ação.
"Greta Thunberg está atualmente a caminho de Israel, segura e de bom humor", diz o Ministério das Relações Exteriores sionista em publicação na Rede X no fim da noite de domingo (8). O post ainda mostra um soldado israelense oferecendo um sanduíche a ativista, que "sorri".
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Antes, Israel divulgou um vídeo após o sequestro da tripulação com soldados oferecendo lanche. A publicação repete a chacota feita pelos sionistas em nota após a abordagem da Flotilha, que foi chamada de "Iate das Selfies".
"Todos os passageiros do "iate das selfies" estão seguros e ilesos. Eles receberam sanduíches e água. O show acabou", diz o post.
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Na nota distribuída à imprensa internacional, Israel afirma que deve deportar os ativistas que estariam "encenando uma provocação midiática para ganhar publicidade".
"Enquanto Greta e outros tentavam encenar uma provocação midiática cujo único propósito era ganhar publicidade — e que incluía menos de um caminhão de ajuda — mais de 1.200 caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza vindos de Israel nas últimas duas semanas e, além disso, a Fundação Humanitária de Gaza distribuiu cerca de 11 milhões de refeições diretamente a civis em Gaza", diz o texto, que emenda que "a pequena quantidade de ajuda que estava no iate e não foi consumida pelas "celebridades" será transferida para Gaza por canais humanitários reais".
A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), afirmou em publicação nas redes que "'Israel' divulga vídeo de propaganda mostrando ativistas da Flotilha da Liberdade sequestrados".
"Reféns, os integrantes da missão humanitária estão sendo levados para 'interrogatório' em porto israelense. Países devem intervir para garantir a segurança e libertação imediata dos ativista", diz o texto da Fepal.
Sequestro
Após a interceptação da Flotilha, os organizadores da Flotilha da Liberdade afirmaram que todos os membros do grupo que estavam embarcados em direção a Israel haviamsequestrados pelas forças sionistas.
Na noite deste domingo (8), a imprensa israelense confirmou que a marinha do país conduziu uma operação em águas internacionais para bloquear a entrada da embarcação Madleen, que carrega ajuda humanitária em direção ao enclave palestino.
"Olá a todos, sou Thiago Ávila. Sou cidadão brasileiro, membro da Coalizão Flotilha da Liberdade, e se vocês estão assistindo a este vídeo, significa que fui detido ou sequestrado por Israel ou outra força cúmplice no Mediterrâneo, a caminho de Gaza para romper o cerco humanitário. E, neste caso, peço que pressionem meu governo e os governos dos meus camaradas para que sejamos libertados da prisão e rompamos relações com Israel, para pôr fim ao genocídio e ao cerco que Israel impôs ao povo palestino. Contamos com vocês neste momento", afirma Ávila no vídeo.
Vídeos de Greta Thunberg e Thiago Ávila denunciando suas prisões foram publicados pela organização do movimento.
"Meu nome é Greta Thunberg e sou da Suécia. Se você estiver vendo este vídeo, fomos interceptados e sequestrados em águas internacionais pelas forças de ocupação israelenses ou por forças que apoiam Israel. Peço a todos os meus amigos, familiares e camaradas que pressionem o governo sueco para que eu e os outros sejamos libertados o mais rápido possível", afirma Greta Thunberg.
Além deles, estão presentes outras figuras na embarcação, incluindo políticos, médicos e jornalistas:
Rima Hassan – Deputada franco-palestina do Parlamento Europeu
Yasemin Acar – Alemanha
Baptiste Andre – França
Omar Faiad – França; correspondente da Al Jazeera Mubasher
Pascal Maurieras – França
Yanis Mhamdi – França
Suayb Ordu – Turquia
Sergio Toribio – Espanha
Marco van Rennes – Holanda
Reva Viard – França