A bordo do “Madleen”, veleiro da Coalizão Flotilha da Liberdade, o ativista brasileiro Thiago Ávila divulgou um vídeo, em suas redes sociais, para denunciar o perigo iminente de que a embarcação seja ataca por forças israelenses.
A missão de Thiago, que está com a ativista sueca Greta Thunberg e mais dez pessoas, pretende romper o bloqueio de Israel e oferecer ajuda humanitária aos palestinos da Faixa de Gaza. O barco está perto da costa do Egito se aproximando do destino.
“Estamos aqui a bordo do ‘Madleen’ para quebrar o cerco de Gaza e criar um corredor humanitário popular. Acabamos de receber algumas notícias muito estranhas, que, de acordo com nosso rastreador, não estamos mais a 162 milhas náuticas de Gaza, que é onde estamos. Mas, de acordo com ele, estamos no aeroporto da Jordânia”, afirmou Thiago.
“Sabemos o que isso significa. Quando eles começam a bloquear nossa comunicação, quando eles começam a mexer com nossos dispositivos, isso significa que eles estão se preparando para uma interceptação ou um ataque”, denunciou o brasileiro.
“Então, eles estão se preparando para cometer um crime de guerra. E precisamos parar isso, ainda podemos parar isso. Estou convencido de que se nos mobilizarmos o suficiente, se pressionarmos o suficiente os governos, podemos fazer tal pressão na entidade sionista, que eles não poderão se dar ao luxo de nos atacar para nos interceptar”, prosseguiu.
“Ainda temos uma chance de salvar essa ajuda humanitária para preservar este barco, esta missão e nós mesmos. E contamos com você agora. Por favor, compartilhe esta notícia. Por favor, compartilhe com todos. Há muito em jogo agora. Sabemos que esta missão foi muito bem-sucedida em aumentar a conscientização e a esperança. Mas precisamos levar comida para as pessoas que estão morrendo de fome. Nos vemos em breve, estamos juntos. Um grande abraço e vamos transformar esse mundo”, completou Thiago.
Flotilha quer romper bloqueio imposto desde 2 de março
O “Madleen’ partiu no dia 1º de junho, da Sicília, na Itália, em direção a Gaza. O objetivo é fornecer ajuda humanitária e “romper o bloqueio israelense” imposto ao território palestino desde 2 de março. Já foram registradas dezenas de mortes por fome, a maioria de crianças e idosos. O genocídio promovido por Israel na região já causou quase 55 mil mortes.
Em comunicado publicado em Londres, o Comitê Internacional para Romper o Cerco a Gaza, organização que integra a Flotilha, destacou que, qualquer interceptação do veleiro, constituiria “uma violação flagrante do direito internacional humanitário”.
O “Madleen” transporta “sucos de frutas, leite, arroz, conservas, barras de proteínas oferecidas por centenas de cidadãos de Catânia”, relatou o jornalista Andrea Legni, que está a bordo.
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