Nesta semana, o ex-ministro da Segurança israelense, Avigdor Liberman, líder do partido de oposição de extrema direita Yisrael Beitenu acusou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, de financiar um grupo terrorista dentro da Faixa de Gaza para criar uma oposição ao Hamas.
Segundo Lieberman, o gabinete do premiê autorizou a transferência de armas para um grupo criminoso armado afiliado ao terrorista chamado "Estado Islâmico" eem Gaza.
Lieberman fez as graves acusações à emissora Kan, afirmando que as armas foram fornecidas para os opositores do Hamas em uma área sob controle militar israelense.
“O governo israelense está fornecendo armas a um grupo de criminosos e delinquentes, identificados com o Estado Islâmico, sob orientação do primeiro-ministro”, afirmou.
Lieberman não afirmou enfaticamente o nome do grupo, mas, segundo a emissora libanesa Al Mayadeen, o clã Abu Shabab, facção de oposição ao Hamas, seria o provável destino do armamento.
Curiosamente, o governo Netanyahu emitiu um comunicado que não nega as graves acusações. Segundo a nota publicada pelo escritório do primeiro-ministro israelense, "Israel está trabalhando para derrotar o Hamas por vários meios, com base nas recomendações de todos os chefes das forças de segurança", disse.
História antiga
Nos anos 1980, o Hamas foi financiado pelo estado israelense . A informação é confirmada por ex-membros das forças israelenses e não é teoria da conspiração.
Em 1987, após a primeira intifada, a Irmandade Muçulmana foi financiada por Israel para ser oposição aos nacionalistas de esquerda da Fatah e outros grupos socialistas.
Yitzhak Segev, que foi governador militar israelense em Gaza no início da década de 1980. disse mais tarde a um repórter do New York Times que ajudou a financiar o movimento. “O governo israelita deu-me um orçamento”, confessou o general de brigada reformado.
“O Hamas, para meu grande pesar, é uma criação de Israel”, disse Avner Cohen, um antigo responsável pelos assuntos religiosos israelitas que trabalhou em Gaza durante mais de duas décadas, ao Wall Street Journal em 2009.
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