Irmã da Juliana Marins, Mariana Marins criticou o modo como as autoridades da Indonésia divulgaram o laudo da autópsia realizada no corpo, que apontou que a brasileira morreu de “fraturas múltiplas e lesões internas”, não teve hipotermia e sobreviveu por 20 minutos após o trauma.
A divulgação do laudo da perícia foi divulgado nesta sexta-feira (27) por autoridades da Indonésia, mas não traz uma conclusão certa sobre quando ocorreu a morte de Juliana.
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“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos", disse o legista do Hospital Bali Mandara, na Ilha de Bali, Bagus Putu Alit.
O médico, no entanto, não soube precisar quando teria ocorrida a queda que motivou a morte da brasileira.
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“De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira, dia 25 de junho, entre 1h e 13h”, afirmou Alit à emissora BBC News Indonésia. O horário citado é local e seria correspondente ao período entre 14h de terça (24) e 2h de quarta (25) no horário de Brasília. Ou seja, a brasileira não teria morrido no dia da queda inicial, ocorrida no sábado (21).
"Juliana hoje também teve o resultado da autópsia e que também foi outro caos, outro absurdo. Minha família foi chamada lá no hospital pra poder receber o laudo, porém, antes que eles chegassem, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico legista achou de bom tom fazer uma coletiva de imprensa pra falar pra todo mundo que estava dando laudo, em vez de falar pra família antes. Então, assim, é absurdo atrás de absurdo e não acaba mais", criticou Mariana.
No início do vídeo, Mariana volta a dizer que "minha irmã não resistiu ao descaso, à negligência, a tudo que aconteceu com ela lá na montanha" e agradeceu "todo o carinho, todos os abraços, todos os corações que vocês deixaram aqui pra gente e compartilharam com a gente durante esse período", no vídeo publicado na noite desta sexta-feira no perfil criado pela família para divulgar informações sobre o resgate.
Marianna ainda explicou que o traslado do corpo deve ser pago pela cidade de Niterói. O presidente Lula também mudou um decreto, editado em 2017 por Michel Temer (MDB), para permitir que o Itamaraty arque com as despesas do traslado.
"Ontem a gente encontrou com o prefeito Rodrigo Neves, Rodrigo Neves inclusive, mais uma vez obrigada. Pra quem tá em dúvida, a prefeitura de Niterói vai pagar o translado do corpo da Juliana pro Brasil", disse.
"Juliana amava Niterói, Juliana era apaixonada pelas prédios de Niterói, essa cidade era uma coisa que ela amava de paixão. Então, é muito bonito ver essa atitude, inclusive, da prefeitura em relação à Juliana", emendou.