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Dias após morte de Juliana, alpinista é resgatado com ferimentos no Monte Rinjani

Menos de uma semana após a trágica morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, outro acidente mobilizou equipes de resgate no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia

Menos de uma semana após a trágica morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, outro acidente mobilizou equipes de resgate no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia
Dias após morte de Juliana, alpinista é resgatado com ferimentos no Monte Rinjani.Menos de uma semana após a trágica morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, outro acidente mobilizou equipes de resgate no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na IndonésiaCréditos: Reprodução X
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Um alpinista malaio — identificado pelas iniciais N.A.H. — foi retirado em segurança nessa sexta-feira (27) depois de escorregar em um trecho rochoso e úmido da trilha que leva ao Lago Segara Anak, uma das principais atrações do parque nacional. A queda ocorre poucos dias depois do caso da brasileira Juliana Marins.

O acidente foi reportado pelo Jakarta Globe e aconteceu a cerca de 200 metros da ponte que dá acesso ao lago. Segundo o chefe da Agência do Parque Nacional do Monte Rinjani, o resgate foi acionado por grupos de montanhismo em aplicativos de mensagens como o WhatsApp, e contou com apoio de guias locais treinados para situações de emergência.

“A área estava liberada para visitação, o terreno fica escorregadio após chuvas, mas não é considerada zona de risco alto como o acesso ao cume,” informou a nota oficial divulgada neste sábado (28).

Após ser removido por uma rota alternativa de evacuação, o alpinista foi encaminhado a um centro de saúde em Senaru, base de apoio para expedições. Segundo exames, ele sofreu apenas escoriações leves na cabeça e no braço. Ainda assim, permaneceu em observação por algumas horas antes de retomar o passeio com o grupo, chegando a visitar cachoeiras na região.

Tragédia recente no mesmo vulcão

A queda do alpinista malaio ocorre poucos dias depois do caso de Juliana Marins, moradora de Niterói (RJ), que morreu após cair em um trecho íngreme e de difícil acesso durante tentativa de chegar ao cume do Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, com 3.726 metros de altitude.

Juliana caiu no último dia 21 e só foi encontrada quatro dias depois, a uma profundidade estimada em 600 metros. O corpo foi resgatado apenas no quinto dia de buscas, mobilizando guias locais e autoridades do parque.

O caso gerou grande repercussão no Brasil e na Indonésia, reacendendo críticas sobre a segurança de trilhas, falta de sinalização e a demora para ações de resgate em áreas remotas do vulcão — que é um dos destinos de ecoturismo mais procurados do Sudeste Asiático.

Em resposta, a administração do parque determinou a interdição temporária da rota principal de subida ao cume, reaberta apenas na manhã deste sábado. A trilha do Lago Segara Anak, por onde o alpinista malaio caiu, não estava interditada, pois integra uma rota de nível intermediário, geralmente frequentada por grupos que acampam às margens da cratera.

O Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, conhecido por trilhas desafiadoras e abruptas mudanças climáticas. Autoridades locais anunciaram que vão revisar os protocolos de resgate para turistas. Guias e agências de trekking recomendam contratar serviços credenciados e monitorar as condições meteorológicas antes de cada expedição.

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