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VÍDEO: Emocionado, Lula lamenta perda de Mujica e cobra compromisso dos EUA com clima

Em conversa com jornalistas da China antes de retornar ao Brasil, Lula lamentou a morte de Mujica e criticou a hegemonia global, defendeu a multipolaridade, além de cobrar compromisso climático dos EUA

O presidente Lula durante conversa com jornalistas chineses nesta quarta-feira (14)
O presidente Lula durante conversa com jornalistas chineses nesta quarta-feira (14).O presidente Lula durante conversa com jornalistas chineses nesta quarta-feira (14)Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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Visivelmente emocionado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica e discorreu sobre diversos temas como hegemonia, mundo multipolar, guerra na Ucrânia e até COP30, prevista para acontecer no Brasil neste ano, durante conversa com jornalistas chineses nesta quarta-feira (14), em horário local de Pequim.

Sobre os Estados Unidos e a COP30

O presidente Lula deu um vislumbre à imprensa chinesa do “Lula do velho testamento”, como ficou conhecido seu início de carreira política, ao tocar o assunto da COP30, que este ano será realizada no Brasil, em Belém, no Pará. Ele reiterou o compromisso brasileiro com as mudanças climáticas e reforçou a cobrança da postura dos Estados Unidos (EUA).

“Todo mundo vai ter que apresentar as NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada) e vamos ver quem é quem, quem fala sério. O protocolo de Kyoto não foi cumprido, o de Paris ainda não está em execução e os EUA disseram que vão sair... Quero saber como o governo dos EUA vai se comportar sobre a transição climática”, afirmou.

Sobre quebra de hegemonia e mundo multipolar

Houveram, ainda, falas sobre o BRICS e a quebra da hegemonia global, bem como a ascensão de uma nova economia, do mundo multipolar. O presidente Lula ainda revelou que existem discordâncias entre os membros do BRICS, mas que tudo é debatido antes de uma tomada de decisão:

“É preciso que a gente ressurja com muita força, nós queremos igualdade e é isso que o BRICS representa e é isso que nós vamos fazer e o porquê a moeda é importante. Menos entre nós há divergências, e elas são boas porque nos ensinam a debater mais”, afirmou Lula. “O mundo não é mais o mesmo, não queremos chefe, xerife, queremos parceiros. Gostamos de respeitar e sermos respeitados”, completou.

Guerra na Ucrânia

Lula discorreu ainda sobre as pressões que sofreu da imprensa mundial no que diz respeito a um posicionamento do Brasil na guerra da Ucrânia, que acontece desde 2022. segundo o presidente, o Brasil foca apenas em discutir a paz. 

“Muitos setores da imprensa brasileira e mundial ficaram muitos críticos a nós e nosso governo quando não fizemos aquela manifestação em defesa da Ucrânia, todo mundo queria que o Brasil fosse junto com EUA e UE, destruir a Rússia. Nós dissemos não e achamos que é possível encontrar um caminho de negociação. Se quiserem discutir paz, o Brasil vai. Não vai ser fácil, mas vai acontecer, porque todos estão cansados da guerra, sobretudo os russos e ucranianos”, explicou ele. “Não somos o país só do carnaval, mas da política, da democracia, e que não se nega a conversar”, completou.

Confira abaixo a coletiva do presidente Lula na china:  

 

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