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Milei é detonado por argentinos após não comparecer à despedida do Papa: 'vergonha mundial'

Desrespeito do presidente argentino tem sido contrastado com a postura de Lula, que permaneceu até o último instante para se despedir do Papa

Milei em Roma.Créditos: Youtube/Argentina Live
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Após três dias e cerca de 250 mil pessoas na Basílica de São Pedro para despedida do Papa Francisco, o presidente argentino Javier Milei optou por não comparecer ao Vaticano, onde o caixão já havia sido fechado, e seguiu diretamente para seu hotel em Roma. O evento estava marcado para as 10h de sexta-feira (25). 

O atraso da comitiva de Milei tem sido criticado nas redes e contrastado com a postura de Lula, o último chefe de Estado a prestar homenagem ao pontífice, destacando sua "sabedoria, coragem e compaixão".

Já em sua fala, o presidente argentino afirmou que Francisco foi “o argentino mais importante da história” e viajou em nome dos católicos que o viam como um líder exemplar.

No entanto, seus aliados da extrema direita continuaram criticando o Papa nas redes sociais, chamando-o de "comunista".

Atraso ocorreu por evento que premiou economista libertário 

Antes de viajar para Roma, Milei participou de um evento na Argentina, onde concedeu o título de doutor honoris causa ao economista espanhol Jesús Huerta de Soto, um dos seus mentores e seguidor da  Escola Austríaca . Huerta de Soto e Alberto Benegas Lynch, também presente no evento, são críticos de Francisco. Durante a campanha, Milei chegou a sugerir o rompimento das relações com o Vaticano.

Em entrevista à TV A24, Huerta de Soto zombou de Bergoglio, dizendo que ele finalmente conheceria "a verdade moral", e afirmou que Deus o perdoaria por seus erros no papado.

Apesar de sua ausência no Vaticano, Milei fez duras críticas à imprensa de Roma, acusando jornalistas de não entenderem o que realmente importa, em uma publicação nas redes sociais.

Redes recuperam tuítes de Milei contra o Papa 

No entanto, mesmo após o Milei prestar condolências, argentinos recuperaram um série de tuítes  que atacavam o papa. 

Em 2023, durante a campanha presidencial argentina, Milei chegou a chamar o papa Francisco de "representante do maligno na terra", "imbecil" e "filho da puta que prega o comunismo". Os insultos foram uma reação às declarações do pontífice, que, sem citar Milei, expressou preocupação com "o triunfo do egoísmo sobre o comunitarismo" e criticou "salvadores da nação sem histórico partidário". 

 

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