O caixão do papa Francisco chegou neste sábado (26) à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde ele pediu para ser sepultado. Francisco será o primeiro papa em mais de um século a ser enterrado fora do Vaticano.
O papamóvel levou o corpo pelas ruas da cidade, passando por pontos históricos como o Fórum Romano e o Coliseu. Fiéis acompanharam a procissão e puderam ver o caixão durante o trajeto.
Te podría interesar
A basílica escolhida pelo pontífice fica a cerca de seis quilômetros do Vaticano e foi um dos locais mais visitados por Francisco ao longo de seu pontificado.
O enterro acontecerá de forma privada e não será transmitido. No entanto, uma oração será realizada na parte externa da basílica, que abrirá para visitação pública na manhã de domingo (27).
Te podría interesar
Esquema de segurança
A Praça São Pedro atingiu sua capacidade máxima, com 50 mil pessoas presentes. Outras 200 mil acompanharam a celebração por telões instalados em pontos estratégicos, incluindo a Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa foi sepultado.
Um forte esquema de segurança foi montado para a ocasião, com drones de monitoramento, atiradores de elite e controle do espaço aéreo de Roma. A medida garantiu a proteção dos peregrinos durante toda a celebração e no percurso do cortejo fúnebre.
O caixão com o corpo de Francisco deixou a Basílica de São Pedro por volta das 12h30 (horário local), em um papamóvel.
A procissão seguiu por cerca de 4,4 km até a Basílica de Santa Maria Maior, recebendo homenagens e aplausos ao longo do trajeto. À porta da basílica, grupos de pobres, refugiados e pessoas em situação de rua aguardavam a chegada do cortejo para prestar as últimas homenagens ao Pontífice.
Rituais de sepultamento
O sepultamento do Papa Francisco acontece em um nicho lateral da Basílica de Santa Maria Maior, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza.
Antes da deposição do caixão, são cantados quatro salmos e feitas cinco preces de intercessão, seguidos pela oração do Pai Nosso. Em seguida, o caixão recebe os selos oficiais do cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell, da Prefeitura da Casa Pontifícia, do Escritório de Celebrações Litúrgicas do Romano Pontífice e do Capítulo Liberiano.
Depois desses ritos, o caixão é colocado no túmulo e aspergido com água benta enquanto os presentes entoavam o Regina Caeli.
Para formalizar o sepultamento, o notário do Capítulo Liberiano redige o documento oficial, lido diante dos presentes. O ato é assinado pelo cardeal camerlengo, pelo regente da Casa Pontifícia, monsenhor Leonardo Sapienza, pelo mestre das Celebrações Litúrgicas, dom Diego Ravelli, e pelo próprio notário.