Após a missa fúnebre do Papa Francisco que reuniu milhares de fiéis e líderes políticos de todo o mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva caminhou lentamente pela pista do aeroporto de Roma, onde resumiu, em poucas palavras, a emoção que carregava: "Quisera Deus que o próximo papa fosse igual a ele."
Visivelmente tocado pela cerimônia, Lula exaltou o legado de Papa Francisco, ressaltando não apenas sua dimensão religiosa, mas seu compromisso incansável com os pobres e marginalizados. "Com o mesmo coração dele, com os mesmos compromissos religiosos e com a mesma luta contra a desigualdade", destacou, pouco antes de embarcar de volta para o Brasil.
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Trump
A missa, conduzida sob fortes esquemas de segurança, foi marcada pela sobriedade e pela diversidade de rostos vindos de diferentes partes do mundo. Entre presidentes, primeiros-ministros e representantes de diversas religiões, a tensão política também se fez notar. Questionado sobre um possível encontro com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, Lula foi direto: "Não cumprimentei, não vi o Trump, na verdade", disse, reforçando o clima de discrição que dominou o evento.
Para Lula, a viagem a Roma teve um significado pessoal e simbólico. Em seu breve pronunciamento, reforçou a ideia de que sua participação não se limitava a um gesto protocolar: "Cumprimos nossos deveres como cristãos, religiosos e políticos", afirmou.
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À medida que o avião presidencial se preparava para decolar, o presidente brasileiro levava consigo, além da missão cumprida, a esperança de que o futuro da Igreja Católica continue moldado pela mesma compaixão e coragem que marcaram o papado de Francisco.
Ucrânia
Já sobre as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia, Lula afirmou:
“O importante é que se conversem para ver se se encontra uma saída para essa guerra, que está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz. O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois se sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução não só para Ucrânia e Rússia, mas para a violência que Israel comete na Faixa de Gaza.”