A imagem do presidente argentino Javier Milei sofreu uma queda abrupta, atingindo o pior nível desde sua posse, segundo pesquisa da consultora Delfos divulgada nesta quarta-feira (18)
Milei tem 33% de aprovação e 55% de rejeição da população argentina, uma queda de 17% na sua popularidade entre fevereiro e março.
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E os motivos são diferentes: em pouco menos de um mês, Milei fez propaganda de golpe de criptomoeda (caso $Libra), tentou nomear por decreto Ariel Lijo, um juiz de idoneidade questionável para a Suprema Corte, além de ter ignorado todas as consequências da tragédia ambiental de Bahia Blanca.
A cereja do bolo foi a repressão policial aos aposentados em Buenos Aires na semana passada, quando a polícia de Milei mandou uma senhora de 87 anos para o hospital depois de agredi-la.
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A desaceleração da inflação não se traduziu em melhorias tangíveis para a população, e a perda do poder aquisitivo alimenta o descontentamento. Em 2024, houve uma queda de 4,2% no consumo privado, arrochada ainda por uma inflação sangrenta que segue acima dos 80% ao ano.
Para as eleições legislativas deste ano, apesar da queda na popularidade, a intenção de voto no bloco de Milei La Libertad Avanza (LLA) permanece estável em 37%, indicando que ele ainda mantém sua base eleitoral e mantém seu apoio entre os 30% que lhe deram a vitória nas eleições de 2023.
Do lado da esquerda, a Unión pela Patria, ligada ao Kirchnerismo, mantém seus 31% de intenções de voto. As eleições legislativas serão cruciais para definir o futuro da segunda metade do regime de Javier Milei na Casa Rosada.