O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma espécie de propaganda informal da Tesla, de Elon Musk, principal doador de sua campanha à Casa Branca. Com o bilionário ao lado, o republicano "escolheu" um dos veículos da montadora para supostamente comprá-lo.
A cena se deu na tarde desta terça-feira (11), nos jardins da residência oficial do presidente, em meio a protestos que ocorrem em diversas cidades dos EUA contra a montadora.
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Em Dedham, Massachusetts, três veículos da Tesla foram vandalizados, segundo o Departamento de Polícia local e autoridades informaram que "palavras foram pichadas" em dois caminhões Tesla Cyber.
Segundo a ABC News, veículos da marca também foram danificados em Seattle na noite de domingo (9), onde bombeiros tiveram que apagar um incêndio envolvendo quatro veículos elétricos.
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O papel de Musk como liderança na força-tarefa de contenção de custos de Trump, o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), é o fato mais recente que impulsiona os protestos. A agência foi responsável pelo corte de milhares de empregos desde sua criação, em janeiro.
'Terrorismo doméstico', segundo Trump
Trump advertiu aqueles que estavam protestando quando foi questionado se os manifestantes deveriam ser rotulados como "terroristas domésticos".
"Eu farei isso. Vou pará-los", disse. "Porque eles estão prejudicando uma grande empresa americana."
Sem provas, Musk havia afirmado, na segunda-feira (10), que o partido Democrata tinha organizado os protestos recentes em concessionárias da Tesla.
Desde fevereiro, no entanto, a montadora e seu dono têm sido alvo de manifestações. Na plataforma online Action Network, utilizada para articular e promover ações políticas e mobilizações, foi elaborada uma campanha intitulada Tesla Takedown, que promoveu mobilizações em frente a showrooms da empresa nos EUA e em outras cidades fora do país.
Sobre as declarações de Trump e Musk, o Tesla Takedown disse à Newsweek que seus apoiadores tinham o direito de protestar.
"O direito ao protesto pacífico é uma parte fundamental da democracia americana. Ao destacar os negócios de seu maior doador como algo fora daquela democracia, Trump está mais uma vez nos mostrando quem ele é: um aspirante a rei corrupto. Os americanos não vão tolerar isso", afirmou o grupo em uma declaração.
Críticas a Trump
A propaganda da marca de seu conselheiro-sênior, feita pelo presidente dos Estados Unidos, rendeu críticas nas redes sociais.
Um perfil no X denominado "Republicanos contra Trump", com quase 900 mil seguidores, postou: "Donald Trump fazendo um infomercial da Tesla para Elon Musk — seu maior doador político — em frente à Casa Branca é o ápice da corrupção".