Em mais um discurso delirante e sem sentido, o presidente da Argentina, Javier Milei, fez ataques ao Brasil. Ele afirmou, sem provas, é claro, que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) teria financiado uma suposta fraude eleitoral no Brasil.
Durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Washington, nos Estados Unidos, o representante da extrema direita argentina disse que a USAID teria aplicado “milhões de dólares” para adulterar os resultados das eleições no Brasil, em 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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“E aqui nos Estados Unidos, é claro, o escândalo da USAID, que destinou milhões de dólares de impostos para financiar desde revistas e canais de televisão até fraudes eleitorais, como no Brasil, ou governos com aspirações discriminatórias, como do sul da África”, afirmou Milei, neste sábado (22), seguindo a cartilha de fake news e teoria da conspiração utilizada, frequentemente, pela extrema direita.
Campanha contra agência
A USAID foi criada durante a Guerra Fria, com o objetivo de aumentar a presença internacional dos Estados Unidos e combater o avanço da União Soviética. Atualmente, a agência é o maior doador individual de ajuda humanitária ao redor do mundo.
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Porém, com a vitória de Donald Trump, a instituição passou a ser atacada pelo bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental, nomeado pelo presidente, que acusou a pasta, em outro delírio, de ser um “ninho de víboras marxistas de esquerda radical”.
Trump adotou a retórica de Musk e afirmou que a USAID é composta por “radicais loucos de esquerda”. Da mesma forma que o bilionário dono do X, o presidente não apresentou qualquer prova para sustentar as acusações. Mesmo assim, afirmou que pretende fechar a agência.
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