Luigi Mangione, principal suspeito do assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, quebrou o silêncio pela primeira vez desde sua prisão, divulgando um comunicado em um novo site lançado por sua equipe de defesa.
Na mensagem publicada na sexta-feira (16), Mangione agradeceu o apoio que tem recebido de diversas partes do mundo:
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“Estou impressionado – e grato – por todos que me escreveram para compartilhar suas histórias e expressar apoio. Esse suporte transcendeu divisões políticas, raciais e até de classe, com cartas chegando ao Centro de Detenção Metropolitana de todo o país e do exterior. Embora seja impossível responder a todas, saibam que leio cada uma que recebo. Obrigado novamente a todos que dedicaram tempo para escrever. Espero continuar ouvindo mais no futuro.”
Além da declaração de Mangione, a página inicial do site traz um comunicado de seus advogados explicando o propósito da plataforma:
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"Devido ao volume extraordinário de perguntas e à demonstração de apoio, este site foi criado e é mantido pela equipe de defesa jurídica de Luigi Mangione em Nova York para fornecer respostas a perguntas frequentes, informações precisas sobre seus casos e desmentir desinformações. O objetivo é compartilhar dados factuais sobre as múltiplas e sem precedentes acusações contra ele.”
O caso e a situação de Mangione
Mangione, de 26 anos, é o principal suspeito do assassinato de Brian Thompson e está atualmente detido no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn.
Em dezembro, ele se declarou inocente das acusações estaduais de homicídio e terrorismo. Ele também enfrenta acusações federais de assassinato em segundo grau e porte ilegal de armas.
O site criado pela defesa inclui seções com atualizações sobre o caso, declarações da principal advogada de defesa, Karen Friedman Agnifilo, perguntas frequentes, um canal de contato e uma página para arrecadação de fundos.
A seção de contribuições direciona os visitantes para uma campanha de financiamento coletivo no GiveSendGo, criada por apoiadores de Mangione para ajudar a cobrir os custos do processo. Na sexta-feira à noite, as doações ultrapassaram US$ 400 mil.
"Luigi está ciente do fundo e muito agradecido pelo apoio que tem recebido", declarou Agnifilo. "Meu cliente pretende usá-lo para lutar contra as três acusações sem precedentes que enfrenta."
Cartas, fotos e restrições na prisão
Mangione tem recebido um grande volume de cartas, fotos e livros enviados por apoiadores. No entanto, sua equipe jurídica pediu que as pessoas interrompam temporariamente o envio de livros, pois ele só pode possuir cinco livros, um álbum de fotos e até 25 imagens ao mesmo tempo.
Os advogados também alertaram que todas as fotos enviadas são revistas pelas autoridades e pediram que os apoiadores não enviem mais de cinco imagens por vez.
A próxima audiência de Mangione está marcada para 21 de fevereiro, em Manhattan. Inicialmente prevista para a parte da manhã, a sessão foi reagendada para o período da tarde.
Relembre o caso
Luigi Nicholas Mangione, de 26 anos, é acusado do assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, ocorrido em 4 de dezembro de 2024, em Nova York. Mangione teria emboscado e atirado fatalmente em Thompson em frente ao Hotel Hilton Midtown.
Após uma busca nacional, Mangione foi preso em 9 de dezembro de 2024, em Altoona, Pensilvânia. No momento da prisão, ele portava uma arma de fogo não rastreável ("ghost gun"), uma identidade falsa e um manifesto criticando a indústria de seguros de saúde.
As autoridades o acusaram de assassinato em primeiro grau, assassinato como ato de terrorismo e posse criminosa de arma. O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, descreveu o ataque como "frio e calculado", com a intenção de "semear terror".
Antes do incidente, Mangione, formado pela Universidade da Pensilvânia, sofria de dores crônicas nas costas e havia se afastado de amigos e familiares nos meses anteriores ao crime.
Atualmente, ele está detido no Centro de Detenção Metropolitana no Brooklyn, aguardando julgamento. Se condenado, poderá enfrentar a pena de morte, conforme diretrizes federais recentes.
Com informações da Rolling Stones