RÚSSIA

Zelensky sugere troca de territórios com a Rússia e recebe resposta dura

Com 20% do território ucraniano sob controle russo, Zelensky apresenta proposta de paz inacreditável

Vladimir Zelensky
Vladimir ZelenskyCréditos: Office of the President – Ukraine
Escrito en GLOBAL el

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que aceita negociar com a Rússia uma proposta de paz para o conflito na Ucrânia.

Contudo, a proposta feita por Kiev foi rejeitada prontamente pelas autoridades russas. Ele afirmou que aceitaria realizar uma troca de territórios a partir da pequena região russa que segue sob controle de Kiev na província de Kursk.

Atualmente, a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano. Isso inclui a integralidade da península da Crimeia, além da quase totalidade das províncias de Luhansk e Donetsk, e da maioria dos territórios de Zaporizhia e Kherson.

A Ucrânia, por outro lado, tem o controle da cidade de Sudzha, onde habitam cerca de 5 mil pessoas. A ideia de Zelensky é trocar Kursk por outros territórios da Ucrânia.

"Trocaremos um território por outro", disse Zelensky em entrevista ao periódico britânico The Guardian. O presidente ucraniano também admitiu que não sabe quais territórios pediria em troca, porque todas as regiões ucranianas "são importantes" e "não há prioridade".

A resposta do Kremlin foi clara. "Não é possível", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "A Rússia nunca discutiu e não discutirá a questão da troca de seu território e, é claro, as unidades ucranianas serão expulsas desse território", completou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que a única terra que os ucranianos receberão em Kursk será a suficiente para seus túmulos.

Simultaneamente, o governo dos EUA de Donald Trump tem negociado um processo de paz entre Ucrânia e Rússia. A Casa Branca afirmou, inclusive, que a Ucrânia pode se tornar parte da Rússia e que deseja 500 milhões de dólares em minerais do solo ucraniano para reverter seus investimentos na defesa de Kiev.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar