O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a ameaça feita no domingo (9) e assinou um decreto nesta segunda-feira (10) que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país.
Os países que devem ser mais afetados são: México, Canadá e Brasil. O decreto de Trump não tem efeito imediato, ou seja, ele só passa a valer a partir de março. Dessa maneira, pode haver alguma manobra de negociação.
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No texto do decreto, Trump reforçou o discurso protecionista adotado durante sua campanha. "Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar [medidas] para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas."
Trump afirmou que é preciso defender a indústria dos EUA. "Este é o primeiro de muitos. E você sabe o que quero dizer com isso? Outros assuntos, tópicos, proteger nossas indústrias de aço e alumínio é essencial. Simplificando: nossas tarifas sobre aço e alumínio, para que todos possam entender exatamente o que é: 25%, sem exceções. E isso vale para todos os países, não importa de onde venha [...] vamos trazer de volta as indústrias, e vamos trazer de volta nossos empregos, e vamos tornar a indústria americana grande novamente."
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Taxação das big techs? Haddad nega retaliação ao anúncio de tarifas de Trump
Através das redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo planeja taxar empresas de tecnologia dos EUA.
Neste domingo (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que iria impor taxações de 25% sobre o aço importado e 18% sobre o alumínio estrangeiro.
A medida pode impactar drasticamente o setor minerador brasileiro, mas ainda não foi oficialmente implementada. Também não houve detalhamento sobre como a taxação seria aplicada.
Em 2019, Trump anunciou uma medida semelhante, mas não a colocou em prática.
Diversos veículos de comunicação passaram a sugerir que o governo Lula taxaria as empresas de tecnologia dos EUA, as chamadas big techs, como resposta à possível medida de Trump.
Segundo essas especulações, o governo utilizaria uma medida de retaliação e reciprocidade contra empresas estadunidenses no Brasil, como forma de pressionar Washington a recuar nas tarifas.
Porém, de acordo com o ministro Haddad, a taxação de empresas de tecnologia não está em discussão no governo, e possíveis retaliações só serão consideradas após decisões concretas do governo dos EUA.
"Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil. No mais, o governo brasileiro tomou a decisão sensata de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. Vamos aguardar a orientação do presidente", disse o chefe da economia.