Neste sábado (25), Israel libertou 200 prisioneiros palestinos mantidos em suas prisões, cumprindo os termos de um acordo de cessar-fogo firmado com o Hamas em Gaza. Entre os libertados, 120 cumpriam penas de prisão perpétua por ataques fatais contra israelenses.
Setenta desses prisioneiros foram transferidos para a fronteira de Rafah, na conexão entre a Faixa de Gaza e o Egito. Esse grupo não poderá retornar à Cisjordânia ou à Faixa de Gaza. Eles receberão tratamento médico em hospitais egípcios, conforme o acordo.
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Libertação de reféns israelenses
A libertação dos palestinos ocorreu após o Hamas soltar quatro soldadas israelenses mantidas em Gaza. De acordo com a Al Jazeera, as militares estavam em boas condições, carregavam bolsas individuais e foram vistas sorrindo ao acenar para uma multidão na Praça da Palestina, no centro da Cidade de Gaza.
Imagens ao vivo mostraram combatentes mascarados do Hamas escoltando as reféns até um palco improvisado, decorado com uma faixa em hebraico com a frase “O sionismo não prevalecerá”. Após uma breve cerimônia, as reféns foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que as transportou para as forças israelenses.
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As israelenses foram identificadas como Karina Ariev, 20 anos; Daniella Gilboa, 20 anos; Naama Levy, 20 anos; e Liri Albag, 19 anos. Elas foram capturadas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que marcou o início do atual conflito.
Troca de prisioneiros e tensões persistentes
Multidões saudaram as libertações em Tel Aviv, Israel, e em Ramallah, na Cisjordânia, com manifestações de apoio às reféns e aos prisioneiros palestinos.
A troca é vista como um teste para a trégua de 42 dias, a primeira etapa de um acordo que prevê a libertação de até dois mil prisioneiros palestinos e 33 reféns israelenses ao longo de várias semanas. O cessar-fogo também inclui a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza e a ampliação da entrada de ajuda humanitária no território.
Impacto do conflito
Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, os ataques de Israel em Gaza resultaram em 47.283 mortes palestinas e 111.472 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. No mesmo dia, ataques liderados pelo Hamas mataram pelo menos 1.139 israelenses e capturaram mais de 200 pessoas.
As próximas etapas do acordo incluirão a devolução de corpos de reféns e soldados mortos, além de negociações para a reconstrução de Gaza. Contudo, a questão sobre quem governará o território permanece sem resolução, já que Israel rejeita o controle contínuo do Hamas.
Com informações da Al Jazeera, Opera Mundi e The New York Times