MUDANÇA DE ROTA

Trump aposta na maconha para derrotar Kamala Harris

O candidato republicano tem adotado tom menos beligerante e mais "paz e amor" para retornar à Casa Branca

Trump aposta na maconha para derrotar Kamala Harris.Créditos: Reprodução redes sociais
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O ex-presidente Donald Trump, e candidato republicano à Casa Branca, deu uma declaração no domingo (8) que pegou seus apoiadores de surpresa. Por meio das redes sociais, Trump declarou apoio à legalização da maconha para uso recreativo para maiores de 21 anos na Flórida. O candidato também afirmou que é preciso "acabar com as prisões desnecessárias".

"Como afirmei anteriormente, acredito que é hora de acabar com prisões e encarceramentos desnecessários de adultos por pequenas quantidades de maconha para uso pessoal [...] como morador da Flórida, votarei SIM na Emenda 3, em novembro", declarou Trump.

A declaração de Trump vai totalmente contra a posição do governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, que é contrário à legalização da maconha na Flórida.

Mas, além de defender a legalização do uso recreativo da maconha para maiores de 21 anos na Flórida, Trump também afirmou que, caso seja eleito, vai trabalhar com o parlamento para apoiar pesquisas sobre o uso medicinal da cannabis.

"Como presidente, continuaremos a nos concentrar em pesquisas para desbloquear os usos medicinais da maconha [...] e trabalhar com o Congresso para aprovar leis de senso comum, incluindo serviços bancários seguros para empresas autorizadas pelo Estado, e apoiar o direito dos estados de aprovar leis, como na Flórida, que funcionam tão bem para seus cidadãos", escreveu Trump.

O apoio de Trump à Emenda 3, que será votada na Flórida, revela uma mudança de tom na campanha do republicano, que tem abandonado o tom beligerante e adotado uma linha mais "paz e amor" com o objetivo de avançar sobre o eleitorado dos EUA e derrotar Kamala Harris, que entrou na disputa com um discurso de defesa enfática do aborto em todo o território do país.

No entanto, essa atual postura de Trump marca uma mudança em relação ao seu governo, pois, em 2018, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revogou medidas do governo Obama que aliviavam leis federais sobre a maconha em estados que legalizaram a substância.

Quando forem às urnas no dia 5 de novembro, os cidadãos dos EUA, além de votar em Kamala ou Trump, também irão votar em uma série de emendas sobre variados temas, a maconha sendo um deles.