Em um comício realizado nesta quinta-feira (7) no estado de Nova York, o ex-presidente dos EUA e candidato à presidência Donald Trump criticou o modelo de sanções e afirmou que ele acelera a desdolarização dos países emergentes.
O abandono do dólar como moeda padrão no comércio exterior é um movimento endossado pelo Brasil, liderado pela presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, e apoiado fortemente pelo presidente Lula.
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De acordo com Trump, as sanções contra a Rússia, Irã e Venezuela fizeram com que diversos países começassem a questionar o uso do dólar para transações internacionais.
"Eu usava sanções, mas as aplicava e retirava o mais rápido possível porque, em última análise, elas matam o dólar", declarou Trump.
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No entanto, essa afirmação é imprecisa: Trump endureceu as sanções contra a Venezuela e Cuba, além de reimpor sanções contra o Irã, quebrando o acordo de não-proliferação nuclear entre Teerã e Washington.
Ainda assim, essa é uma das raras críticas de uma figura central do establishment político dos EUA ao modelo de sanções econômicas, que se tornou uma prática comum na doutrina de relações internacionais do país após a Guerra Fria.
Segundo Trump, a desdolarização do comércio internacional colocaria os EUA em uma posição similar à de derrota em uma guerra.
"Essas sanções matam tudo o que o dólar representa, e precisamos manter o dólar como moeda global. Acho que isso é importante. Perder o dólar como moeda global seria o equivalente a perder uma guerra, algo que nos transformaria em um país do terceiro mundo, e não podemos deixar isso acontecer", afirmou.