O bilionário Elon Musk, dono do X, da Tesla e da SpaceX terá um cargo chave no governo de Donald Trump se o republicano for eleito em novembro, anunciou o candidato nesta quinta-feira, 5, ao apresentar sua plataforma econômica. O próprio Musk disse em sua rede social que aceitará o convite que ele próprio cavou.
Trump falou ao Clube de Economia de Nova York, prometendo criar um fundo soberano para fazer investimentos em infraestrutura nos Estados Unidos. Também disse que pretende cortar os impostos das corporações de 21% para 15%. Além disso, afirmou que pretende declarar emergência para permitir a produção de gás e petróleo sem limites.
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Sobre Musk, Trump informou que o bilionário seria o "czar da eficiência".
"Criarei uma comissão de eficiência governamental encarregada de conduzir uma auditoria financeira e de desempenho completa de todo o governo federal", disse Trump a respeito.
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VINGANÇA PRIVATISTA
Ao longo de sua carreira, o bilionário Musk entrou em conflito com a burocracia federal dos EUA em várias ocasiões. Por exemplo, quando autorizou o lançamento de foguete da SpaceX contrariando orientação de autoridades e ao desafiar o lockdown na Tesla, durante a pandemia.
Ocupar um cargo no governo Trump daria a ele poder sobre os reguladores que já o incomodaram.
Hoje, Musk tem contratos bilionários com o governo dos Estados Unidos.
Recentemente, ele admitiu que um contrato com a NASA, de U$ 1,6 bi, para abastecer a Estação Espacial Internacional, salvou sua empresa SpaceX.
Depois disso, fechou um contrato adicional de U$ 2,9 bi para pousar astronautas na lua.
A Starlink tem um contrato com o Pentágono para garantir cobertura de internet para toda a Ucrânia, o que é essencial para o Exército local.
DINHEIRO ACIMA DE TUDO?
Segundo a revista New Yorker, depois do apoio entusiasmado de Musk à Ucrânia, a Starlink chegou a limitar o serviço, numa queda de braço que teria tido o objetivo de garantir contrato de longo prazo bancado com dinheiro público.
Assessores de Musk diziam que ele estava incomodado que tecnologia civil desenvolvida por sua empresa fosse usada numa guerra.
Mesmo assim o contrato foi fechado. O valor estimado é superior a U$ 400 milhões.
Apesar de se colocar como defensor da liberdade de expressão absoluta, Musk tem um príncipe da Arábia Saudita como o segundo maior acionista do X.
O bilionário alega que pretende impedir que a Inteligência Artificial desempenhe um papel sinistro no futuro da Humanidade.
Como se viu no caso da Ucrânia, as promessas de Musk neste campo talvez não resistam ao poder do dinheiro.