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Kamala corre risco na Geórgia por causa do voto pró-Palestina

Estado pode decidir eleição de 2024

Alternativas.Cornel, Claudia e Jill: alternativas pró-Palestina para os democratas.Créditos: Reprodução Wikipedia
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O Partido Democrata está recorrendo contra a decisão do secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que desconheceu a decisão de um juiz administrativo local e decidiu que os candidatos independentes Cornel West, Claudia de la Cruz e Jill Stein podem ter os nomes nas cédulas eleitorais em novembro.

O juiz Michael Malih havia decidido que os três e mais Robert F. Kennedy Jr. não estavam qualificados, deixando na cédula apenas os nomes de Kamala Harris, Donald Trump e do libertário Chase Oliver.

Kennedy Jr. já anunciou que vai retirar seu nome da cédula em todos os estados tidos como pêndulo, com o objetivo de não desviar votos de Trump, ao qual aderiu.

A decisão de Raffensperger pode ter impacto no resultado, uma vez que Cornel, Claudia e Jill se apresentam como alternativas a Kamala Harris e denunciam o genocídio em Gaza, tópico que causa divisão entre eleitores democratas.

Cornel concorre como independente. Jill Stein, que é do Partido Verde, também vai aparecer na cédula como independente, por conta de seu partido não ter cumprido todas as exigências locais. De la Cruz é do Partido pelo Socialismo e Libertação.

11.779 VOTOS

Nos Estados Unidos, não existe Justiça eleitoral. As eleições são organizadas estado a estado. O burocrata encarregado de liderar o processo em geral é o secretário de Estado.

Nas últimas eleições presidenciais na Geórgia, em 2020, Joe Biden venceu Donald Trump por apenas 11.779 votos.

O secretário Raffensperger ficou famoso por receber uma ligação de Trump na qual o candidato derrotado falou em "encontrar 11.780 votos" para virar o resultado no estado.

Na atual campanha, Kamala Harris tem dito quase diariamente que ela e o presidente Biden perseguem um cessar-fogo em Gaza, como forma de aplacar os democratas insatisfeitos com a falta de ação para frear o genocídio dos palestinos.

Analistas acreditam que a eleição deste ano será decidida na Geórgia e na Pensilvânia, com o candidato eleito vencendo em ambos.