O Itamaraty, por meio de uma nota publicada nesta sexta-feira (27), confirmou a morte da jovem brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, que teve sua casa bombardeada por Israel no sul do Líbano.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar e consternação, da morte, no sul do Líbano, da adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú – Santa Catarina. Segundo relato familiar, a adolescente e seu pai, de nacionalidade libanesa, foram atingidos por bombardeio aéreo, em casa, na segunda-feira, 23/9", diz o comunicado.
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O comunicado do Itamaraty também destaca o fato de que se trata do segundo brasileiro morto pelos bombardeios aéreos de Israel.
"A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência à família da adolescente. Ao expressar à família as mais sentidas condolências, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", conclui a nota do Itamaraty.
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Um dos pontos centrais dos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Assembleia Geral da ONU, realizada entre domingo (22) e quarta-feira (25) em Nova York, nos EUA, foi o apoio à Causa Palestina e a condenação ao massacre que o Estado de Israel promove contra os palestinos de Gaza e da Cisjordânia.
O presidente abriu seu discurso no debate geral se dirigindo à delegação palestina, lembrando que ela integra pela primeira vez uma sessão de abertura na condição de membro observador.
“Dirijo-me em particular à delegação palestina, que integra pela primeira vez esta sessão de abertura, mesmo que ainda na condição de membro observador”, iniciou Lula.
“Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, e que agora se expande perigosamente para o Líbano. O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo”, criticou o mandatário.
Já no penúltimo dia de sua estadia em Nova York, Lula se encontrou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, num gesto que já entra para a história da ONU como um dos mais fortes e mais simbólicos. A reunião não estava prevista na agenda oficial, mas o presidente brasileiro fez questão de estar com líder palestino no que classificou como um encontro “rápido e caloroso”.
Nesta quinta-feira (26), Lula divulgou em suas redes sociais vídeo que mostra parte de sua emocionante conversa com o presidente da Autoridade Palestina.
"Ótimo discurso! Não é novidade para você, nós sabemos da sua coragem para defender a Palestina. Seu discurso foi muito forte. Obrigado, meu amigo", disse Abbas a Lula, segurando as mãos do presidente brasileiro.
"Eu acho inaceitável o que Israel está fazendo. Sou solidário a vocês. Estou feliz que vocês agora fazem parte do sistema da ONU", respondeu Lula.
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