O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou em seu perfil no BlueSky a nota divulgada pelo Itamaraty sobre o assassinato do jovem brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, em um ataque do governo sionista de Israel no sul do Líbano.
"Ao solidarizar-se com a família, o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", diz o trecho do comunicado destacado por Lula na rede social.
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Ali Kamal Abdallah vivia com seu pai, um cidadão paraguaio que também morreu no ataque na cidade de Kelya, no Vale do Bekaa, no sul do Libano. A casa dos dois foi atingida por um míssil disparado pelas forças militares de Israel.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, da morte, no Vale do Bekaa, Líbano, do adolescente brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, natural de Foz do Iguaçu. O menor e seu pai, de nacionalidade paraguaia, foram atingidos por explosão como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, na segunda-feira. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do menor. O pai do adolescente também faleceu como resultado da explosão", diz o comunicado do Itamaraty.
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Nas redes, Hanan Abdallah, irmã do adolescente brasileiro, responsabilizou diretamente o Estado israelense pelo assassinato do garoto. Ela publicou vídeos em que Ali Kamal Abdallah aparece jogando futebol e escreveu: "O anjo que Israel matou".
Entenda o caso
Os bombardeios realizados pelas forças militares de Israel ao território do Líbano mataram um adolescente brasileiro de 15 anos. O Itamaraty confirmou a morte de Ali Kamal Abdallah, ainda que sem precisar a data do acontecimento, que teria ocorrido na cidade de Kelya, no Vale do Beqaa. A casa onde o garoto vivia com o pai, um cidadão paraguaio, que também morreu, foi atingida por um míssil.
A Embaixada do Brasil em Beirute informou que já está em contato com os familiares das vítimas, que são de Foz do Iguaçu (PR), e que prestará todo o auxílio e apoio permitidos por lei às vítimas. A nota do Ministério de Relações Exteriores brasileiro evitou dar detalhes sobre o episódio, mas a região é uma das mais castigadas pelo massacre promovido pela aviação de caça do Estado judeu.
Nos últimos dias, os ataques desfechados pelas IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) se ampliaram em vários pontos do território libanês. Sob o pretexto de atacar o grupo islâmico Hezbollah, o governo do primeiro-ministro extremista Benjamin Netanyahu promove um derramamento de sangue sem precedentes no país vizinho. Já são mais de 569 mortos e 1.835 feridos em menos de 72 horas, a imensa maioria civis, sobretudo mulheres e crianças.
Situação se agrava e Líbano deve ser invadido
A situação no Oriente Médio se agrava a cada minuto. Após dias seguidos de ataque ao Líbano, que começou com uma ação que explodiu pagers e walkie-talkies e resultou em mais de 40 mortos e mais de 4 mil feridos, para posteriormente bombardeios à capital Beirute deixarem um rastro de devastação e mais 569 mortes, incluindo dezenas de crianças e mulheres, Israel deve agora invadir o país vizinho por terra. Pelo menos é o que indicam as últimas informações que vêm da região e os principais veículos de imprensa locais.