De LISBOA | A situação no Oriente Médio se agrava a cada minuto. Após dias seguidos de ataque ao Líbano, que começou com uma ação que explodiu pagers e walkie-talkies e resultou em mais de 40 mortos e mais de 4 mil feridos, para posteriormente bombardeios à capital Beirute deixarem um rastro de devastação e mais 569 mortes, incluindo dezenas de crianças e mulheres, Israel deve agora invadir o país vizinho por terra. Pelo menos é o que indicam as últimas informações que vêm da região e os principais veículos de imprensa locais.
Às 16h58 no horário do Brasil, o Haaretz, um dos mais importantes jornais israelenses, com edições em hebraico e inglês, trazia em destaque em sua página inicial a manchete “IDF se preparando para ofensiva terrestre no Líbano”, ilustrada com uma foto do chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Israel, general Herzi Halevi, dando instruções para soldados numa área de mata.
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“O Gabinete de segurança israelense se reunirá na quarta-feira (25) à noite e as IDF mobilizam duas brigadas de reserva para o setor norte (fronteira com o Líbano”, reporta o Haaretz.
Já o Jerusalem Post, também de Israel, destaca que o comando militar do Estado judeu está apenas aguardando as ordens do primeiro-ministro de extremista Benjamin Netanyahu para uma incursão das tropas em solo libanês. “Comandante das IDF pede prontidão para possível invasão do Líbano em meio ao conflito do Hezbollah”, diz a manchete publicada às 12h22 na hora de Brasília.
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A rede Al Jazeera, com sede no Catar, diz em sua manchete no portal de notícias que “Chefe do exército de Israel anuncia ‘possível’ invasão terrestre do sul do Líbano”. O general Herzi Halevi também é destaque na emissora catari pela frase “Não vamos parar, continuaremos atacando”, sobre qualquer hipótese de cessão das agressões contra os libaneses.
A Al Arabiya, rede estatal de comunicação do governo saudita, alardeia em sua página a manchete “Aumento das tensões no Líbano enquanto Israel considera ataque terrestre contra o Hezbollah”, completando a informação com uma outra nota, postada mais abaixo, de que os EUA declararam que não apoiam qualquer invasão por parte das tropas de Netanyahu e que não emprestarão seus serviços de inteligência para assessorar Telavive.
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