ORIENTE MÉDIO

Terceira Guerra do Líbano? Israel mata quase 300 pessoas em pior ataque desde 2006

21 crianças e 29 mulheres assassinadas pelo exército de Netanyahu no maior bombardeio ao vizinho nos últimos anos

Netanyyahu prolongará guerras para se manter no poder, afirmam opositoresCréditos: Domínio Público
Escrito en GLOBAL el

As Forças de Defesa de Israel realizam "extensos ataques contra alvos terroristas" do Hezbollah no Líbano. O Ministério da Saúde árabe estima 274 mortos, incluindo 21 crianças e 39 mulheres, e mais de 1.000 feridos. Este é um dos ataques mais fatais da história recente.

Trata-se do pior ataque aéreo israelense desde 2006, quando o então primeiro-ministro Ariel Sharon iniciou uma guerra contra o mesmo Hezbollah.

Segundo a imprensa internacional, foram realizados ataques no sul e norte do Líbano, além do Vale do Beqaat. O Hezbollah tentou contra-atacar, mas sem sucesso.

As FDI se prepararam para um "dia de combates intensos" contra o Hezbollah, segundo Daniel Hagari, porta-voz das forças israelenses, que ainda adicionou que o conflito deve se estender nos próximos dias de maneira cada vez mais intensa.

Hagari advertiu moradores do sul do Líbano a evacuarem áreas com bases do Hezbollah, indicando ataques iminentes. O governo brasileiro pediu que os brasileiros no país evacuem a região e voltem para o Brasil.

Israel pretende "eliminar a ameaça" do Hezbollah com ataques precisos e extensos, conforme avisos das forças israelenses.

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou os ataques de Israel, chamando-os de "agressão" e "genocídio" contra o Líbano.

Mikati destacou que as ações de Israel violam a soberania libanesa e o direito internacional, destruindo aldeias libanesas.

Embora não seja aliado do Hezbollah, Mikati vê os ataques de Israel ao grupo como uma ameaça à soberania de todo o Líbano.

Até o momento, o exército libanês não se envolveu diretamente no conflito com Israel, mantendo-se fora da escalada.

Segundo o porta-voz de Mikati, o premiê foi pressionado a deixar o escritório onde realizava uma reunião de gabinete devido a ameaças.

Mikati também enfrenta pressão para renunciar ao cargo em meio à crescente tensão causada pela ofensiva israelense.