De acordo com o Ministério do Exterior do Japão, há cerca de 50 cidadãos japoneses residindo e trabalhando no Líbano.
Nesta sexta-feira (27), o governo japonês disse que vai enviar as aeronaves das Forças de Autodefesa (FAJ, grupo militar criado em 1954, após a ocupação norte-americana do país) para evacuar seus civis da região, que têm sofrido com sucessivos ataques aéreos de Israel, além de uma sabotagem em dispositivos pager que deixou pelo menos 92 mortos e 153 feridos.
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O governo japonês está pedindo enfaticamente que seus cidadãos abandonem o Líbano, disse um porta-voz.
As aeronaves usadas para a evacuação já haviam sido postas em stand-by, no aguardo das ordens de retirada, em território da Jordânia, que se situa a leste do país sob ataque (e a oeste de Israel, com que faz fronteira). Será usada uma aeronave militar de transporte do modelo Kawasaki C-2, de alta velocidade, desenvolvida para as Forças Aéreas da FAJ.
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Os ataques do governo israelense ao Líbano já deixaram pelo menos 600 mortos até o momento, incluindo mulheres, crianças e médicos, de acordo com o Ministério da Saúde Libanês. A quarta-feira (25) marcou o terceiro dia seguido de bombardeios, que foram intensamente reprovados por diversas autoridades de Estado durante a Assembleia Geral da ONU, ocorrida esta semana em Nova Iorque.
De acordo com o jornal japonês The Mainichi, autoridades da ONU reportaram que milhares de pessoas estão fugindo para a Síria, temendo que os ataques de Israel se intensifiquem nos próximos dias.
Um analista político israelense ouvido pela BBC, Yoav Stern, disse que uma possível invasão terrestre de Israel ao Líbano "não seria semelhante à que ocorreu em 1982" (para atacar combatentes palestinos), mas "lenta, cautelosa e calculada".
De acordo com Stern, "Israel poderia ocupar as cidades do sul do Líbano uma a uma". O objetivo principal de uma possível incursão israelense no território libanês seria fazer com que o Hezbollah retrocedesse para a região do Rio Litani a fim de "impedir o disparo de foguetes de curto alcance contra cidades israelenses", disse o analista.
Diversas autoridades reprovaram as ofensivas de Netanyahu ao Líbano e condenaram a possibilidade de que o território “se torne uma nova Gaza”.