Nesta terça-feira (17), uma série de incidentes explosivos envolvendo pagers ocorreu em todo o Líbano, visando principalmente membros do Hezbollah.
As explosões começaram por volta das 15h30, horário local, e foram relatadas em várias localidades, incluindo os subúrbios do sul de Beirute e o Vale do Beqaa, áreas conhecidas como redutos do Hezbollah. Israel é o principal suspeito de ter feito o ataque cibernético.
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Os pagers, que usualmente ficam na cintura dos usuários, explodiram, atingindo artérias importantes, o que deixou pelo menos oito pessoas mortas, incluindo uma criança.
Um homem foi alvo do ataque enquanto fazia compras no mercado:
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Cerca 2800 outras ficaram feridas, com mais de 200 em estado crítico. Entre os feridos está o embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani.
Especulações sugerem que esses dispositivos podem ter sido hackeados, causando um superaquecimento e subsequente explosão de sua bateria de lítio, o que implica um ataque extremamente sofisticado por parte de Israel, que mantém sua política de neutralidade sobre o tema.
O Ministério da Saúde libanês aconselhou os cidadãos a se desfazerem de seus pagers e convocou doações de sangue para ajudar hospitais sobrecarregados com as vítimas.
Hospitais em todo o Líbano foram colocados em alerta máximo para gerenciar o fluxo de pessoas feridas.
O Hezbollah condenou as explosões como uma grave violação de segurança e culpou abertamente Israel pelo ataque. Eles descreveram o incidente como um dos eventos mais perigosos que a população libanesa enfrentou nos últimos anos.
Em resposta ao incidente, o Hezbollah está conduzindo uma investigação sobre como tal violação ocorreu e alertou contra a disseminação de rumores que poderiam fazer parte de táticas de guerra psicológica atribuídas a Israel.
Este ataque ocorre em meio a tensões elevadas entre o Hezbollah e Israel, especialmente após conflitos contínuos relacionados à guerra de Gaza que começou em outubro de 2023.
A operação foi realizada um dia depois de Israel declarar guerra de maneira oficial pela segurança dos cidadãos do norte do país, que vivem próximos ao sul do Líbano, onde o Hezbollah opera.
Analistas sugerem que este incidente pode levar a novas escaladas no conflito entre Hezbollah e Israel, dadas suas implicações para as estratégias militares de ambas as partes e a estabilidade regional.