Nesta segunda-feira (16), Israel reconheceu que pode entrar em uma guerra total contra o Hezbollah em breve. Após uma reunião com autoridades dos EUA - que pediam pela redução das provocações -, o ministro da Defesa Yoav Gallant garantiu que a situação será resolvida de maneira militar.
Durante encontro com o enviado dos EUA Amos Hochstein, Gallant - que é alvo de um pedido de prisão por genocídio pelo Tribunal Penal Internacional - afirmou que não existem chances de acordo com o Hezbollah, porque o partido xiita continua alinhado ao Hamas na luta contra o sionismo.
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Gallant afirmou que a única maneira de garantir a segurança e o retorno dos moradores do norte de Israel seria através de uma "ação militar".
Os EUA não querem que as suas eleições sejam afetadas por mais uma guerra de larga escala no Oriente Médio, oque pode prejudicar, inclusive, a candidata Kamala Harris, nome da atual gestão para o tíquete presidencial.
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O primeiro-ministro israelense e também alvo de denúncias de genocídio no Tribunal Penal Internacional Benjamin Netanyahu afirmou que deve haver uma solução para o norte de Israel para que os residentes evacuados possam retornar.
A escalada vem depois que um ataque do Hezbollah atingiu uma central de inteligência de Israel. Simultaneamente, um missil hipersônico dos Houthis, do Iêmen - aliados dos libaneses xiitas - atingiu o centro do sionismo.
O partido libanês elogiou a ação e afirmou que seguirá colaborando para agir contra Israel.
Desde outubro, Israel e Hezbollah tem trocado ataques controlados, fato que levou a uma evacuação em massa em ambos os territórios sob risco.
Uma incursão no sul do Líbano por Israel para criar uma "zona desmilitarizada" foi citada na imprensa israelense como uma possibilidade.
O Hezbollah afirma ter até 100 mil combatentes, com um arsenal estimado entre 40 mil a 150 mil foguetes e mísseis, incluindo armamentos guiados, como drones, sendo a maior ameaça para a estabilidade do sionismo em nível militar.
Com informações de Times of Israel e Al Mayadeen.