MONSTRUOSIDADE

A mais nojenta e imoral das ações de Israel para aumentar o seu exército

Tão inacreditável quanto desumana, medida do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é o fundo do poço da crueldade com que os sionistas agem em relação a outros povos

Créditos: SkyNews/Reprodução
Escrito en GLOBAL el

Às portas de completar um ano, o massacre de Israel contra o território palestino de Gaza, que já deixa mais de 40 mil mortos, a imensa maioria civis, sobretudo mulheres, crianças e idosos, iniciado após os ataques sangrentos perpetrados pelo grupo Hamas, em 7 de outubro do ano passado, tornou-se um símbolo planetário de covardia e maldade. Bombardeios a acampamentos de refugiados, derrubada de prédios e escolas ligados à ONU com gente dentro, chacinas com armas ultramodernas à luz do dia contra cidadãos que se aglomeram para conseguir alguma comida, enfim, um oceano de absurdos que choca o mundo diariamente.

No entanto, uma decisão do governo de extrema direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tornada pública esta semana, e que já estava em vigor havia algum tempo, escancarou ainda mais a verve imoral e cruel dos sionistas que formam seu gabinete. Desta vez, o absurdo desumano é contra os imigrantes africanos que entraram em Israel em busca de uma vida melhor, e que diariamente são discriminados racialmente, largados à margem de tudo pelo poder público e a sociedade.

Segundo informa o diário israelense Haaretz, o governo de Telavive está recrutando para as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) milhares de cidadãos africanos em situação ilegal para mandá-los à Faixa de Gaza. Esses homens, tratados pela gestão de Netanyahu como subumanos, “ganhariam” um título de residência permanente se conseguirem voltar vivos do inferno na Terra que se tornou o território palestino.

Refugiados e imigrantes negros, com a queda na atividade econômica de Israel após a deflagração do conflito, há um ano, já que a juventude e boa parte dos homens em idade militar foram convocados para o front, acabaram sendo “aceitos” para realizar as tarefas para as quais não existiam mais israelenses para fazer. Só que agora, ameaçados de deportação, eles podem “optar” pelo alistamento para engrossar as fileiras das IDF, naturalmente nos batalhões e regimentos de infantaria que são a bucha de canhão que opera em solo em Gaza, morrendo aos montes.

O Haaretz informa que até o momento, entre os africanos que apresentaram pedido de asilo e os que já se alistaram para a “guerra”, nenhum sequer recebeu o tal título de residência permanente tão sonhado.