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Meghan Markle revela luta com a saúde mental e pensamentos suicidas

Ao lado do marido, príncipe Harry, duquesa de Sussex aparece na TV dos EUA para divulgar projeto que aborda a segurança infantil online

Créditos: Reprodução CBS - Meghan Markle revela luta com a saúde mental e pensamentos suicidas
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Meghan Markle, duquesa de Sussex, falou sobre suas lutas com a saúde mental e pensamentos suicidas enquanto ela e o marido, príncipe Harry, lançavam uma iniciativa para abordar a segurança infantil online durante entrevista à tevê dos EUA neste domingo (4).

Há três anos a ex-atriz estadunidense revelou em uma entrevista à Oprah Winfrey que pensou em tirar a própria vida enquanto era membro da realeza. Na ocasião, ela disse que esperava, ao falar sobre o assunto, poder ajudar outras pessoas.

Alerta pela saúde mental

“Quando você passa por qualquer nível de dor ou trauma, acredito que parte da nossa jornada de cura – certamente parte da minha – é poder ser realmente aberta sobre isso”, disse ela neste domingo (4) em uma entrevista conjunta com o príncipe Harry na emissora CBS.

“E sabe, eu realmente não cheguei a fundo na minha experiência. Mas acho que nunca gostaria que outra pessoa se sentisse assim. E nunca gostaria que outra pessoa estivesse fazendo esses tipos de planos. E nunca gostaria que outra pessoa não fosse acreditada. Então, se eu falar sobre o que superei puder salvar alguém, ou encorajar alguém em sua vida a realmente checar como a pessoa está e não assumir que a aparência está boa, então tudo está bem, isso já vale a pena. Eu aceito o impacto por isso.”

Combate a danos das redes sociais

A duquesa, 43 anos, falou enquanto o casal, pais do príncipe Archie, de cinco anos, e da princesa Lilibet, de três anos, lançava a Parents’ Network, em associação com sua Fundação Archewell, para fornecer uma comunidade online e recursos para ajudar a combater os danos das redes sociais.

A campanha No Child Lost to Social Media foi criada após um programa-piloto de dois anos com famílias cujos filhos sofreram os efeitos nocivos das redes sociais.

O príncipe Harry disse que a dor dessas famílias poderia acontecer com qualquer pessoa.

“Sempre falamos sobre como antigamente, se seus filhos estavam sob seu teto, você sabia o que eles estavam fazendo. Pelo menos eles estavam seguros, certo? E agora, eles poderiam estar no quarto ao lado com um tablet ou um telefone e podem estar entrando nesses buracos de coelho. E antes que você perceba, em 24 horas, eles poderiam estar tirando a própria vida.”

Entrevista bombástica com Oprah

A entrevista de Meghan e Harry para Oprah foi ao ar no dia 7 de março de 2021. Durante a entrevista, o casal discutiu uma série de questões pessoais e institucionais relacionadas à família real britânica, incluindo suas experiências com racismo, saúde mental e a decisão de se afastar dos deveres reais. A entrevista foi transmitida pela CBS nos Estados Unidos e atraiu grande atenção da mídia global.

Na entrevista do casal com Winfrey em 2021, Meghan disse à apresentadora: “Olha, eu estava realmente envergonhada de dizer isso na época, e envergonhada de ter que admitir isso para Harry especialmente, porque sei o quanto ele sofreu com perdas. Mas sabia que se eu não dissesse, eu faria ... e simplesmente não queria mais estar viva. Esse era um pensamento claro, real, assustador e constante.”

Falando sobre a Parents’ Network, ela disse à CBS no domingo: “Acho que você tem que começar de algum lugar, olhar através da lente de, ‘E se fosse minha filha? E se fosse meu filho? Meu filho, ou minha filha que vem para casa, que são alegres, que eu amo, e um dia, bem debaixo do meu teto, nossas vidas inteiras mudam por algo que estava completamente fora do nosso controle?’” Ela disse que, para um pai, a única maneira de olhar para o problema era tentar encontrar uma solução.

Assista à entrevista

Busque ajuda

A Fórum tem a política de ser transparente com seus leitores, publicando casos de suicídio e fazendo alerta sobre a necessidade de se buscar ajuda em casos que possam levar a pessoa a tirar a própria vida.

De 2010 a 2019 no Brasil, foram registradas 112.230 mortes por suicídio. Durante esse período, houve um aumento de 43% no número de vítimas por ano, passando de 9.454 em 2010 para 13.523 em 2019, conforme apontam os dados disponíveis no Ministério da Saúde.

Os principais sintomas que indicam um quadro depressivo, segundo o Ministério da Saúde, incluem:

  • Redução do interesse sexual;
  • Insônia ou sonolência: a insônia geralmente é intermediária ou terminal; 
  • Humor depressivo: sentimentos de tristeza, desvalorização pessoal e culpa; 
  • Retardo motor: falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentidão do pensamento, dificuldade de concentração, queixas de falta de memória, vontade e iniciativa; 
  • Dores e sintomas físicos difusos: mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia e sudorese; e
  • Apetite: geralmente reduzido, mas em algumas formas de depressão pode haver aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces.

Principais canais de apoio

Em casos de ajuda ou informações, há meios acessíveis que fornecem apoio emocional e preventivo ao suicídio. Confira abaixo:

  • Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita).
  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde); 
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; 
  • Hospitais.