GUERRA

Zelensky afirma que exército da Ucrânia invadiu a Rússia: "Guerra contra o opressor"

Rússia promete dura resposta depois de manobra inconsequente de Zelensky em Kursk

Zelensky afirma que exército da Ucrânia invadiu a Rússia: "Guerra contra o opressor".Créditos: Instagram/Volodymyr Zelensky
Escrito en GLOBAL el

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou no sábado (10) que o exército de seu país invadiu a Rússia. Segundo informações da CNN americana, o exército ucraniano ocupou a região de Kursk.

Desde o início da guerra, essa é a primeira vez que o exército ucraniano avança sobre território russo.

"A Ucrânia está provando que realmente sabe como restaurar a justiça e garantir o tipo de pressão necessária contra o agressor [...] vamos empurrar a guerra para o território do agressor", declarou Zelensky.

De acordo com informações da CNN, as autoridades ucranianas mantinham silêncio sobre o avanço sobre o território russo. O portal americano informa que a invasão ocorreu depois de um ataque aéreo.

Dessa maneira, a Rússia teria perdido 250 quilômetros quadrados de território até sexta-feira (9), segundo a CNN.

Apesar de não ter se pronunciado, o governo russo realiza operação na região de Kursk para tentar retomar o controle. Até este momento, o que se sabe é que os cidadãos da localidade foram evacuados.

O presidente Vladimir Putin, até este momento, não declarou a lei marcial, que é necessária quando uma autoridade invasora assume o controle burocrático da região ocupada.

Por ora, o governo de Vladimir Putin decretou "regime antiterrorista" na região ocupada pela Ucrânia. Com isso, o governo russo consegue, a partir do poder militar, monitorar conversas telefônicas, restringir comunicações e limitar a movimentação de pessoas.

Rússia promete dura resposta depois de manobra inconsequente de Zelensky em Kursk
 

A Rússia deve responder de maneira contundente às recentes ofensivas do exército de Zelensky na região russa de Kursk e pode intensificar seus ataques contra a Ucrânia.

Desde segunda-feira (5), um destacamento de pouco mais de mil homens, com veículos de combate, entrou na região de Kursk, na Rússia.

O ataque causou pânico entre a população russa e tinha como objetivos alcançar uma usina nuclear e controlar um gasoduto na região. O exército russo conseguiu conter o avanço, mantendo os ucranianos confinados em alguns vilarejos e em uma área rural.

Atualmente, os soldados ucranianos estão cercados por todos os lados e não conseguem recuar devido aos intensos bombardeios russos na área de fronteira.

Moscou afirma que mais de 230 soldados ucranianos foram eliminados e promete intensificar sua ofensiva após a invasão ucraniana. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, garantiu uma retaliação severa.

"Uma resposta dura do exército russo não demorará a chegar", declarou Zakharova.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a Ucrânia perdeu pelo menos 230 militares, 7 tanques e 3 sistemas de lançamento Patriot em sua ofensiva a Kursk.

Entre sábado e domingo, foram relatadas explosões em Kiev, Kremenchuk, Poltava, Sumy e Karkhiv. Além disso, os combates dentro do território ucraniano — para consolidar o avanço em Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhia — têm imposto duras derrotas a Zelensky.

Especialistas consultados pela Fórum afirmam que a ofensiva ucraniana em Kursk foi "inconsequente" e "fadada ao fracasso", pois provocou um estado de tensão desnecessário na guerra, incentivando ainda mais o exército russo — que vinha acumulando vitórias sucessivas nos últimos meses — a intensificar as ofensivas contra Kiev, além de atacar a população civil russa sem necessidade.