VENEZUELA

Wikileaks faz revelação importante sobre tentativa de golpe na Venezuela

Há digitais dos EUA ao redor de toda a narrativa da extrema direita em Caracas

Nicolás Maduro sob cerco do golpismoCréditos: Eneas De Troya
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Nesta terça-feira (30), a página da Wikileaks relembrou um dado importantíssimo sobre a tentativa de golpe de estado operada pela extrema direita na Venezuela desde o anúncio da vitória de Nicolás Maduro.

O principal instituto de pesquisas utilizado no relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) para deslegitimar os resultados eleitorais é o grupo Edison Research.

O grupo de pesquisas, segundo diferentes fontes, tem ligação com a CIA e os interesses dos EUA ao redor do mundo todo.

"A oposição de direita da Venezuela e os meios de comunicação dos EUA alegam que houve fraude na eleição de 28 de julho com base em uma pesquisa de boca de urna feita pela empresa ligada ao governo dos EUA Edison Research, que trabalha com órgãos de propaganda estatais dos EUA ligados à CIA e atuou na Ucrânia, Geórgia e Iraque", afirmou a Wikileaks em um tuíte.

Segundo o jornalista Ben Norton, editor do site Geopolitical Economy Report, a "os principais clientes da Edison incluem veículos de propaganda governamental dos EUA ligados à CIA, como Voice of America, Radio Free Europe/Radio Liberty e Middle East Broadcasting Networks, todos operados pela US Agency for Global Media, um órgão baseado em Washington que é usado para espalhar desinformação contra adversários dos EUA".

Além disso, o próprio Carter Center, observado como uma entidade mais democrática e menos ligada aos interesses dos EUA, apoiou incursões contra o governo Maduro e é apontada por alguns analistas como uma instituição de pouca confiabilidade para observação da situação venezuelana.

Nesta quarta-feira (30), o instituto ligado ao ex-presidente dos EUA Jimmy Carter não reconheceu o resultado das eleições.

No passado

Em julho de 2022, o ex-secretário de estado dos EUA, John Bolton, confessou participação do seu país em uma tentativa de golpe na Venezuela em 2019, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente do país.

""[Digo isso] como alguém que ajudou a planejar golpes de Estado - não aqui, mas você sabe [em] outros lugares - dá muito trabalho. E não foi isso que ele (Trump) fez", afirma.

"Não vou entrar em detalhes", disse Bolton. "Na Venezuela, acabou não tendo sucesso. Não que tivéssemos muito a ver com isso, mas eu vi o que era preciso para uma oposição tentar derrubar um presidente eleito ilegalmente, e eles falharam", disse ele.