Na reta final da campanha, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, subiu o tom contra seus adversários e os comparou com o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), e com o atual mandatário da Argentina, Javier Milei, classificando-os como "fascistas".
Durante um comício, Maduro afirmou que não permitirá que a Venezuela caia nas mãos do fascismo. "Aqui não se cria um Milei. Vocês querem que chegue ao poder alguém como o Milei? Como um Bolsonaro? Que chegue ao poder um criminoso como Iván Duque ou Álvaro Uribe? Na Venezuela, não! Vá para bem longe, meu amigo. A Venezuela não cairá nas mãos do fascismo. Não caiu e nem cairá nas mãos do fascismo", disse Maduro.
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Confira a declaração de Nicolás Maduro no vídeo abaixo:
Lula em recado a Nicolás Maduro: "quem perde as eleições toma um banho de voto"
Em entrevista no Palácio da Alvorada às agências de notícias Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press na manhã desta segunda-feira (22), Lula mandou recado ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, candidato à reeleição, após polêmica criada pela mídia neoliberal brasileira.
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"Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", afirmou Lula, segundo a agência Reuters.
Na semana passada, a mídia neoliberal especulou com uma resposta de Lula sobre a declaração em que Maduro fala em "banho de sangue" se não for reeleito na Venezuela.
"Por que eu vou querer brigar com a Venezuela? Por que eu vou querer com Nicarágua? Por que eu vou querer com a Argentina? Eles que elejam os presidentes que quiserem. O que me interessa é a relação de Estado para Estado", disse Lula na sexta-feira (19), gerando gritaria entre os donos de jornalões no país.
O presidente brasileiro ainda aproveitou as agências internacionais para mandar um recado ao colega venezuelano.
"Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo".
"Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático", emendou Lula.