Parece ridículo. E é ridículo. Mas funciona. A profunda falta de bom gosto, de noção estética da extrema direita é, ao mesmo tempo e gostem ou não, uma grande ferramenta de marketing. A foto do ex-presidente e candidato Donald Trump com a orelha sangrando e o punho erguido sob a bandeira americana deverá ter um impacto incomensurável nas eleições.
Seus marqueteiros de plantão perceberam isto logo nos primeiros segundos do atentado sofrido por ele no último sábado (13), na Pensilvânia. Imediatamente, espalharam várias imagens que, para o bem e para o mal, irão compor a história americana daqui pra frente.
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Faltava o eleitor
Para formar o triângulo perfeito faltava inserir o eleitor na cena. E mais uma vez foram fulminantes. A chave estava ali, logo na primeira aparição do candidato: um curativo na orelha direita.
Pronto. As primeiras imagens da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, mostravam o público exibindo orgulhoso, assim como o seu candidato, um inacreditável curativo na mesma orelha, a direita.
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A mesma direita de sempre. Aquela que desde Joseph Goebbels, ou talvez antes, prima por criar gestos, sinais, uniformes e frases que arrastam multidões, tendo por trás ideologias excludentes e muitas vezes assassinas.
Veja o vídeo abaixo: