Uma reportagem investigativa do jornal The New York Times revelou nesta terça-feira (17) que Thomas Crooks, o jovem que disparou tiros de fuzil contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump, num comício realizado em Butler, na Pensilvânia, no sábado (14), havia se tornado formalmente suspeito por parte de órgãos de segurança, incluindo aí o Serviço Secreto, uma hora antes do atentado que quase tirou a vida do candidato à Casa Branca, que acabou saindo milagrosamente ferido apenas com uma escoriação na orelha direita.
De acordo com a reportagem, Crooks teria feito pesquisas no buscador Google pelos nomes do ex-presidente e candidato Donald Trump e também em relação ao atual presidente, Joe Biden. O rapaz de 20 anos consultou também o termo “transtorno depressivo maior”, uma condição psiquiátrica grave. Ele foi morto a tiros por um franco atirador do Serviço Secreto assim que começou a disparar contra Trump, durante seu discurso, de cima de um telhado nos arredores do perímetro onde ocorria o ato político. Em tese, a agência responsável pela segurança do antigo ocupante da Casa Branca já sabia que aquele indivíduo era uma ameaça potencial.
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Segundo o FBI, nenhuma evidência que indique razões ideológicas foi encontrada até agora como motivação para o ataque promovido por Crooks, tampouco que ele tenha agido em parceria com mais pessoas. Os federais norte-americanos, no entanto, salientam que as investigações ainda estão no começo e não há prazo para a conclusão do inquérito que examina o episódio.
Um detalhe revelado igualmente na reportagem enfureceu ainda mais parlamentares e dirigentes do Partido Republicano. O FBI descobriu que um policial que atuava na segurança do evento viu Crooks 25 minutos antes e achou seu comportamento muito suspeito. O agente até o fotografou e enviou a imagem por aplicativo de mensagens para outros policiais, alertando sobre o rapaz, ainda que sem o abordar.
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“Fiquei chocada ao saber que o Serviço Secreto sabia de uma ameaça antes de o Presidente Trump subir ao palco. Não tenho confiança na liderança da diretora Kimberly Cheatle e acredito que será o melhor para a nossa nação se ela renunciar ao cargo”, afirmou irritadíssima a senadora republicana Marsha Blackburn.
Nesta terça, os parlamentares da sigla de Trump estiveram reunidos com parte dos diretores de alguns setores do Serviço Secreto e, na saída, não esconderam o desapontamento e a fúria com o fato de o órgão ter informações que poderiam ter evitado o atentado.